Querido Brógui:
Fiel e sempre firme na minha proposta pró-imbecilização, li no cabeleireiro a notícia importantíssima que a Mulher-Melancia irá se lançar em carreira-solo cantando funk melody.
Uma notícia tão profunda me suscitou uma seriíssima dúvida: quem diabos é a Mulher-Melancia?
Perguntei ao meu cabeleireiro, cuja maior qualidade é não dirigir a palavra à minha pessoa a menos que assim eu solicite. Ele respondeu, laconicamente como sempre: “É a dançarina do MC Créu.”
Pouco esclarecedor. Perguntei quem diabos era MC Créu. Ele me lançou um olhar incrédulo, com uma pontinha de piedade pela minha ignorância e devolveu a pergunta: “Não sabe quem é o MC Créu?”
Humildemente respondi que não, não tinha a menor ideia de quem era tão ilustre figura.
Ele desligou o secador, talvez por perceber que a situação era grave, merecedora de uma pausa nos puxões de cabelo. “É aquele que canta a música do créu.” Ficou me olhando fixamente, procurando perceber se a ligação tinha sido completada. Nada. Fora da área de cobertura ou desligado.
“Aquela música… daquela coreografia…” Nada. Nenhuma reação. Ele desistiu e ligou o secador de novo.
Não me dei por vencida. Perguntei porque a tal da dançarina tinha o tão charmoso codinome de Mulher-Melancia. “Por causa do tamanho da bunda dela…” Isso eu entendi direitinho. Fiquei imaginando como seria uma bunda com o tamanho e a forma de uma melancia e fiquei impressionada só em pensar. Deu até vontade de aplaudir. É, a moça tem lá seu talento.
Decidida a não levantar daquela cadeira enquanto todas as minhas dúvidas não fossem esclarecidas, perguntei o que diabo era funk melody. “Uma mistura de funk com charm.” Mais uma vez fiz aquela cara de fora da área de cobertura ou desligado. O pobre moço fingiu que não viu, nem tentou explicar. Fez bem. Não há como dar tal explicação.
Rapidamente, vendo que ele estava acabando de espichar a última mechinha do meu cabelinho, perguntei rapidamente se a Mulher-Melancia sabia cantar. Ironicamente ele disse: “Com aquela bunda é preciso saber cantar?” Não, não precisa, ela já mostrou a que veio nas páginas de uma revista masculina. Não precisa cantar mesmo.
E eu aqui, com duas graduações, batendo no fundo da lata pra ver se cai algum trocadinho… Deveria ter investido em outro atributo natural que não minha inteligência.
Fiel e sempre firme na minha proposta pró-imbecilização, li no cabeleireiro a notícia importantíssima que a Mulher-Melancia irá se lançar em carreira-solo cantando funk melody.
Uma notícia tão profunda me suscitou uma seriíssima dúvida: quem diabos é a Mulher-Melancia?
Perguntei ao meu cabeleireiro, cuja maior qualidade é não dirigir a palavra à minha pessoa a menos que assim eu solicite. Ele respondeu, laconicamente como sempre: “É a dançarina do MC Créu.”
Pouco esclarecedor. Perguntei quem diabos era MC Créu. Ele me lançou um olhar incrédulo, com uma pontinha de piedade pela minha ignorância e devolveu a pergunta: “Não sabe quem é o MC Créu?”
Humildemente respondi que não, não tinha a menor ideia de quem era tão ilustre figura.
Ele desligou o secador, talvez por perceber que a situação era grave, merecedora de uma pausa nos puxões de cabelo. “É aquele que canta a música do créu.” Ficou me olhando fixamente, procurando perceber se a ligação tinha sido completada. Nada. Fora da área de cobertura ou desligado.
“Aquela música… daquela coreografia…” Nada. Nenhuma reação. Ele desistiu e ligou o secador de novo.
Não me dei por vencida. Perguntei porque a tal da dançarina tinha o tão charmoso codinome de Mulher-Melancia. “Por causa do tamanho da bunda dela…” Isso eu entendi direitinho. Fiquei imaginando como seria uma bunda com o tamanho e a forma de uma melancia e fiquei impressionada só em pensar. Deu até vontade de aplaudir. É, a moça tem lá seu talento.
Decidida a não levantar daquela cadeira enquanto todas as minhas dúvidas não fossem esclarecidas, perguntei o que diabo era funk melody. “Uma mistura de funk com charm.” Mais uma vez fiz aquela cara de fora da área de cobertura ou desligado. O pobre moço fingiu que não viu, nem tentou explicar. Fez bem. Não há como dar tal explicação.
Rapidamente, vendo que ele estava acabando de espichar a última mechinha do meu cabelinho, perguntei rapidamente se a Mulher-Melancia sabia cantar. Ironicamente ele disse: “Com aquela bunda é preciso saber cantar?” Não, não precisa, ela já mostrou a que veio nas páginas de uma revista masculina. Não precisa cantar mesmo.
E eu aqui, com duas graduações, batendo no fundo da lata pra ver se cai algum trocadinho… Deveria ter investido em outro atributo natural que não minha inteligência.
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