Creative Commons License


Bem-vindo ao Duelos!
Valeu a visita!
Deixe seu comentário!
Um grande abraço a todos!
(Aviso: Os textos em amarelo pertencem à categoria
Eróticos.)




terça-feira, 9 de junho de 2009

As Nossas Palavras XIV

.
Wordle: As Nossas Palavras XIV
.
Clique na imagem para ampliar.
.
.
.
Imagem: Wordle
.

Werner Karl Heisenberg em As Nossas Palavras XIII - Enviado por Adhemar

.
As ideias não são responsáveis por aquilo que os homens fazem delas.


Visitem Adhemar
.

Clarice Lispector em “Escrever as Entrelinhas” - Citada por Alba Vieira

Então escrever é o modo de quem tem a palavra como isca: a palavra pescando o que não é palavra. Quando essa não-palavra - a entrelinha - morde a isca, alguma coisa se escreveu. Uma vez que se pescou a entrelinha, poder-se-ia com alívio jogar a palavra fora. Mas aí cessa a analogia: a não-palavra, ao morder a isca, incorporou-a. O que salva então é escrever distraidamente.
.

Arre! Medo Não é Comigo! - por Ana

A mocinha está de volta,
Mas não quer falar comigo...
Está deveras arredia,
Conversa com o próprio umbigo.

Continua de tocaia,
Esta Ninjíndia safada!
Eu chamo pro ringue de volta
E a menina... nada!

Mas não pensem que a fedelha
Desistiu de duelar,
Pois há uns dias (cês lembram?)
Veio me desafiar

Com pensamentos curtinhos,
Como sempre, malcriados,
Me espetando, a inferniz,
Com o tridente enferrujado.

Acho que amarelou,
Cara pálida de medo,
O urucum desbotou,
De índia virou arremedo.

E de ninja não sobrou nada,
Já que não parte para a briga.
Só falta, depois do silêncio,
Me chamar pra ser amiga...

Então eu declaro aqui
Que deste jeito não dá:
Espetar e sair correndo...
Isso acaso é duelar?

Não te chamo mais pro ringue,
Tu é covarde legal!
Podem apagar as luzes
Da arena virtual.

Pra quem não acompanhou,
Estes versos não entende.
Explico: falo da saga
Ana contra Ai-Aiuendi.



Referências: comentários de Ana em posts de Raquel Aiuendi;
“Para SamurAi”, de Raquel Aiuendi (21/04/09 e 23/04/09);
*A Ninja x A Samurai.
.

Meu Tempo - por Daisy

Meu tempo é quando.
Eu sempre caminhando
à procura de novos desafios.

Não me atrai o sempre.
Estático, presente.
Repousa, não ousa.

Quanto ao nunca,
sei que não muda,
nada de novo trás.

O quando é movimento,
é ocasião, é o momento
de fazer acontecer.

O quando é instabilidade,
fundamental qualidade
para se agarrar o agora.

Não há dúvida nenhuma,
nem certeza alguma
mas meu tempo é quando.




Visitem Daisy
.

Ão, Ão, Ão, Abaixo o Cabelão! - por Fatinha

Querido Brógui:

Dalila queria acabar com a raça de Sansão e para isso tosou-lhe as madeixas. Penso que Dalila prestou um grande serviço ao cortar aquele cabelinho cafoninha de Sansão. Bem, eu acho que era cafoninha porque a imagem que tenho na minha cabeça é daquele Sansão do filme, personificado por Victor Mature, lembra? E vou mais além: cafoninha e Fanta. Não adianta porque você não vai me convencer que aquele Sansão não pisava na chapinha. Acho até que foi por isso que Dalila ficou com raiva dele. Doida pra dar pro cara e neco. Mas isso é outra conversa. O fato é que Dalila, ao cortar os longos cabelos de Sansão, tirou dele sua força.
Se fosse comigo, Dalila ia se ferrar. Se ela partisse pra ignorância, com sua tesoura maligna em punho, não ia conseguir tirar minha força. Descobri – aliás, fato comprovado a cada novo corte – que o cabelão é um atraso de vida.
Tem toda uma questão econômica, já que quanto menos cabelo, menos gasto de shampoo, condicionador, máscara de hidratação, silicone, creminho sem enxágue e toda a sorte de melecas que passo no meu cabelinho (pra ele ficar mais ou menos). Pago menos pela escova no salão porque fui rebaixada da categoria cabelos longos para a de cabelos médios. Gasto menos tinta para retocar o Cereja - antes o cabelão bebia dois kits de tinta, agora, apenas um dá pra duas vezes.
Mas, o mais importante é que, a cada corte de cabelo, sinto minha vida melhorar. Percebo isso no mesmo dia em que faço a tosa. Ontem, por exemplo, mandei ver na tesoura. Tudo deu certo: fiz uma audiência tranquilésima e meu cliente me pagou (uhuuuuu!!!!). Na volta do Fórum, passando pelo ponto do ônibus, vejo Valerinha e Mamãe esperando o coletivo pra ir ao Saara. Dei carona pra elas e disse que se encontrasse vaga para estacionar eu encarava aquela ante-sala do inferno. Achei uma vaguinha mole, repito: achei uma lugarzinho pra estacionar no Vaga Certa, no Centro!!!! Só pra não dizer que tudo tudo deu certo, na hora de pegar o carro eu não lembrava onde ele estava. Normal. Pra resolver o meu problema de desorientação, só se eu passasse máquina zero.
Então, Querido Brógui, a dica está dada. Larga desse seu complexo de Sansão, meta a tesoura no cabelo sem dó nem piedade. Não faça reféns, mate logo as pontas duplas, triplas, mude de cara. Lembre que cirurgia plástica custa mais e é irreversível, você pode ficar com cara de bezerro assustado solto no pasto. Se o corte ficar um lixo, não tem problema. Cabelo cresce. Se você ficar um ou dois meses com cara de maluco não vai fazer tanta diferença assim, vai? Acho até que ninguém vai reparar.



Visitem Fatinha
.

Augusto dos Anjos e “A Esperança” - Citado por Penélope Charmosa

A Esperança não murcha, ela não cansa,
Também como ela não sucumbe a Crença.
Vão-se sonhos nas asas da Descrença,
Voltam sonhos nas asas da Esperança.

Muita gente infeliz assim não pensa;
No entanto o mundo é uma ilusão completa,
E não é a Esperança por sentença
Este laço que ao mundo nos manieta?

Mocidade, portanto, ergue o teu grito,
Sirva-te a Crença de fanal bendito,
Salve-te a glória no futuro - avança!

E eu, que vivo atrelado ao desalento,
Também espero o fim do meu tormento,
Na voz da Morte a me bradar; descansa!
.