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(Aviso: Os textos em amarelo pertencem à categoria
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quinta-feira, 28 de outubro de 2021

 


(DIRETO DE LAILABRAGA.COM)
É possível ser claro sem precisar passar muita informação, mas é impossível PASSAR UMA INFORMAÇÃO PELA METADE SEM GERAR CONFUSÃO.

Sabe aquela máxima de que você só é responsável pelo que diz, mas não é responsável pelo que o outro entende? Ela pode até ser verdadeira, mas a sua comunicação, também pode ser melhor e evitar entendimentos confusos.

Já ouviu falar em comunicação ASSERTIVA?

Quando você é assertiva, consegue expressar vontade, opiniões, pensamentos, necessidades e sentimentos de maneira direta, honesta e apropriada. As escolhas sobre o que dizer e fazer são mais ativas e com respeito aos outros e a você mesma.

Dá para recusar pedidos que não podemos atender, oferecer sugestões de mudanças, negociar limites pessoais e reconhecer o desejo das outras pessoas, sem ser ofensivo e nem causar desconfortos muito grandes.

Bom... Mas o que isso tem a ver com Ansiedade, Emagrecimento e outros temas tratados aqui?

Pode ser bem desafiador se comunicar assertivamente quando você experimenta emoções desconfortáveis e as falhas na comunicação, potencializam essas emoções em você.

Por exemplo, quando estamos com raiva ou frustrados, geralmente queremos atacar (gritar, bater, xingar). Quando estamos tristes, podemos nos isolar e, quando estamos ansiosos, podemos perguntar a alguém sobre o mesmo problema repetidamente para tentar nos tranquilizar.

Comunicar-se dessa maneira pode fazer com que nós (e outros) se sintam piores, cria problemas ao invés de resolvê-los e costuma te deixar presa em ruminações das situações.

Também, isso não nos permite criar uma conexão verdadeira que a boa comunicação é capaz de produzir. Portanto, ao enfrentar algo tão assustador e desconhecido (como uma pandemia), a comunicação eficaz se torna ainda mais importante.

Concorda que se resolvêssemos os problemas de comunicação, metade dos nossos problemas seriam resolvidos ou nem chegariam a existir?

UMA HISTÓRINHA

Algum tempo atrás conversando com um amigo sobre trabalho, ouvi uma reclamação que depois notei ser um padrão comum, inclusive entre meus pacientes.

A queixa dele é que no trabalho, o chefe tem a tendência de solicitar que ele resolva problemas urgentes, mesmo que ele esteja sobrecarregado e o seu colega com uma carga menor de tarefas.

O diálogo do dia aconteceu mais ou menos desse jeito:
(Vamos chamar o chefe de João e o colega Pedro)

- João chegou na minha mesa hoje e disse: “esse processo precisa ser resolvido até amanhã”. Informei que eu já estava cheio de tarefas urgentes e perguntei se Pedro não daria conta. Sabe qual a resposta dele? Que se quisesse para o mês que vem, pediria Pedro, aí deixou o documento na minha mesa e saiu.

O que podemos observar aqui?

Bom... Do ponto de vista do chefe, esse é o funcionário que vai dar conta dos serviços urgentes, mesmo que ele tenha vários outros. Do ponto de vista do funcionário, ele não pode recusar a tarefa, pois pode ter prejuízos e passar a imagem de preguiçoso.

Na prática, "o super funcionário" acaba trabalhando mais, se estressando mais e tendo menos tempo para outras coisas, já que precisa abrir mão de alguma coisa para dar conta do extra.

O entendimento importante aqui é que: com o passar do tempo e com a convivência, vamos conhecendo as pessoas, seus padrões de funcionamento e criando expectativas sobre suas ações e reações. Não pensamos muito sobre isso, vai acontecendo de um jeito mais automático mesmo.

Se você parar para pensar nas pessoas a sua volta, você vai perceber que tem uma característica para cada uma delas. Tem o preguiço, o ativo, o atleta, o comilão...

É justamente por isso que temos a tendência de, por exemplo, evitar um assunto delicado com alguém que já se irritou anteriormente ou de desviar de temas difíceis perto de pessoas que já nos julgou em algum momento.

É por isso que temos o amigo de brincar, contar piadas, ri juntos e o amigo para desabafar.

Agora vamos ao importante? Nada disso é um problema a princípio. Não precisamos reinventar a roda todos os dias e algumas coisas devem funcionar no automático mesmo. O problema é quando nos deixamos levar tanto pelo automático, que paramos de revisar e de avaliar se estamos passando a imagem que queremos.

No caso da historinha a cima, o meu amigo não estava passando a imagem que queria. Provavelmente o Pedro da história, também não.

Então, muitas vezes o que falta para você ter um amor, um emprego melhor, emagrecer, ter mais tempo ou qualquer outra coisa que falta hoje na sua vida é uma comunicação mais assertiva!

Existem alguns estilos de comunicação e precisamos falar sobre eles:

1) Comunicação Passiva
2) Comunicação Passivo-Agressiva
3) Comunicação Agressiva

Como somos seres de adaptação, é comum que nossa forma de comunicação mude com o ambiente e a depender das pessoas ao nosso redor. Eu posso ser agressiva em casa e passiva no trabalho por exemplo.

Não entendeu nada? Segue comigo!

A comunicação Passiva é aquela que você tem a tendência de concordar com outros só para evitar problemas e acaba permitindo abusos, pois não quer entrar em conflito.

Na comunicação Passivo-Agressiva, a tendência é de usar sarcasmo, ironias, fazer brincadeiras como se estivesse tudo bem, lançar indiretas sobre situações, pessoas e deixar tudo “no ar”.

A comunicação agressiva é aquela que a vontade é imposta a todo custo e geralmente a base de humilhação. Sabe a pessoa que tem a imagem de difícil? Pois é, ela tem predominante esse tipo de comunicação.

Pensando só nesses três estilos, qual deles mais se encaixa na imagem que você gostaria de passar para os outros?

A verdade é que nós não precisamos ficar alternando entre eles ou escolher uma forma única de comunicação. Existe uma coisa chamada COMUNICAÇÃO ASSERTIVA e ela parece ser o caminho mais legal.

Nela nós conseguimos expressar vontades e opiniões, mas com respeito ao outros e a nós mesmo. Dá para recusar pedidos que não podemos atender, oferecer sugestões de mudanças, negociar limites pessoais e reconhecer o desejo das outras pessoas.

Entendido até aqui?

Somos seres sociais e a base da nossa existência é a comunicação!


COMO MELHORAR MINHA COMUNICAÇÃO E SER MAIS ASSERTIVA?

Escreva três situações no modelo “Quando eu X (situação) acontece, eu percebo/sinto Y (descrição da sensação ou da consequência). Como a gente pode fazer diferente nas próximas vezes?”

Quando falamos sobre um assunto delicado e você grita, eu sinto medo e tenho a tendência de concordar para a conversa encerrar. Como a gente pode fazer para as próximas vezes serem diferentes?

Agora faça o seu!



segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Como abandonar a aflição e ser MENOS INSEGURA?

 


AUTOCOMPAIXÃO – AUTOEFICÁCIA

Às vezes sentirmos confiança em nossa capacidade de lidar com uma situação, pode ser mais difícil do que a situação em si, não é verdade?

Não é incomum termos pensamentos do tipo “todo mundo está lidando com isso melhor que eu”“eu não deveria estar me sentindo tão insegura” ou “eu simplesmente não consigo”. Mas precisamos ficar cientes de que, ainda que esses pensamentos sejam compreensíveis (e são), eles geralmente aumentam nossas emoções negativas.

Um jeito mais útil (e saudável) de encarar situações que parecem catastróficas e de lidar com emoções difíceis, é usando a AUTOCOMPAIXÃO.

Já ouvi falar sobre isso? Aproveita e mande esse post para aquela amiga que se cobra demais!


O que significa isso? Bom... Autocompaixão é o simples fato de tratar a si mesma (CICLE AQUI PARA CONTINUAR)

terça-feira, 7 de setembro de 2021

VOCÊ SABE quais são as emoções humanas NORMAIS?

 


Você sabe o que suas emoções fazem por você? Todas as emoções são igualmente importantes e servem para te proteger de perigos, ameaças, ajudam a superar obstáculos, além de sinalizar sobre os seus valores.

Emoções são estados internos comuns a todos os seres humanos determinados por sensações, pensamentos e comportamentos.


TEXTO ORIGINAL EM LAILABRAGA.COM

Todo mundo tem as mesmas emoções, mas a intensidade delas vai variar por diversos motivos que podemos falar em outra situação. O importante de entender agora é que elas exercem uma função na nossa vida e na nossa sobrevivência.

É verdade que ninguém gosta de experimentar emoções desagradáveis como a tristeza, a raiva, o nojo e outras que nos fazem sentir mal. Por isso, acabamos classificando algumas emoções como inadequadas e entendemos que elas precisam ser eliminadas ou que não deveríamos senti-las.

Mas a verdade é que as emoções não são boas ou más. O que existem são emoções negativas ou positivas e todas elas têm um propósito.

Vamos de exemplos para fazer mais sentido?

A função da ALEGRIA é sinalizar que você alcançou alguma coisa. Ela te faz querer repetir situações e compartilhar com pessoas relevantes, por exemplo. Temos a tendência de acreditar que essa emoção (e as variações dela) é mais importante do que outras, mas alegria em excesso vira euforia, nos coloca em risco e a verdade é que ninguém é alegre o tempo todo.

Não gostamos muito da TRISTEZA por ser uma emoção desagradável, mas ela te ajuda a refletir sobre situações, atitudes, comportamentos e já parou para pensar o que seria da alegria, se você não ficasse triste as vezes?

O MEDO e a ANSIEDADE têm o papel mais claro na sua preservação física mesmo. São emoções fundamentais para te proteger dos riscos e ameaças à sua sobrevivência. Sem elas provavelmente você não estaria viva.

RAIVA (que também costumamos colocar em um polo negativo) tem o papel de te proteger das situações que considera injustas e abusivas. Ela diz muito sobre seus valores pessoais e como você se posiciona no mundo.

Em resumo? Nós somos orientados por nossas emoções.

Por não querer experienciar emoções negativas ou por não sabermos lidar com elas, temos o hábito de suprimi-las. Acontece que esse comportamento pode até ser benéfico e funcionar para algumas situações, mas quando usado de forma habitual, pode trazer uma série de prejuízos a sua saúde mental.

Os estudos mostram que pessoas com o hábito de suprimir emoções, reportam menor satisfação com a vida, com os relacionamento e maiores níveis de emoções negativas.

Do ponto de vista mais fisiológico, tentar suprimir emoções traz consequências desastrosas para o nosso organismo, afetando nossa imunidade e nos deixado mais propensos a contrair uma série de problemas de saúde.

Vários estudos apontam para uma associação entre a inibição da raiva, hipertensão e doença cardíaca, por exemplo.

Então...

Como você tem lidado com suas emoções? Consegue nomeá-las, reconhecê-las e entende quais gatilhos despertam quais emoções?

Se a resposta for “não”, é possível que você precise de ajuda e terapia é a melhor forma de lidar com isso.

No mais... Acompanhe os conteúdos por aqui. Sempre tem dicas práticas e simples para você começar a melhorar a forma como se sente.

Gostou? Compartilhe com um amigo que precisa ler sobre isso.


quinta-feira, 29 de julho de 2021

Qual a relação entre Distorção da Imagem Corporal e Saúde Mental?

 


Você já parou para pensar que percepção do seu próprio corpo pode transformar a sua vida?


Possivelmente você já ouviu falar, mas vamos entender direitinho como funciona essa tal de “Distorção de Imagem Corporal”? É realmente possível que a pessoa se enxergue diferente do que ela é?

MAIS CONTEÚDO? LAILABRAGA.COM


quarta-feira, 14 de julho de 2021

“Viver é um rasgar-se e remendar-se”

 


Já dizia o poeta Guimarães Rosa: “Viver é um rasgar-se e remendar-se”.

Uma das linhas mais novas da psicologia trabalha com a lógica de que a vida vale a pena ser vivida “apesar de...” dor, sofrimento, violência...

Existe uma técnica muito legal que tem o nome de “aceitação radical”, que envolve encarar de frete situações difíceis que estão acontecendo em nossas vidas. A ideia por trás da teoria é que negar ou não aceitar a realidade, não a altera os fatos.

LEIA MAIS EM lailabraga.com

segunda-feira, 5 de julho de 2021

Ansiedade causada por uma situação traumática: TEPT.

 


(veja mais em lailabraga.com)
Existe uma regra clara: sua cabeça está cheia e o seu corpo responde a isso.

O que estamos vivendo com à pandemia traz situações novas e com diferentes intensidades de ansiedade. As novas tensões que temos experimentado podem chegar ao ponto de serem traumáticas para muitos.

Você sabia que o Brasil já era o país mais ansioso do mundo, porém que o número de pessoas ansiosas mais que dobrou nesse período?

Para você ter uma ideia, entre abril e maio de 2020, o termo “insônia” foi o mais pesquisado no Google e a venda de medicamentos psiquiátricos (calmantes, estabilizadores de humor, antidepressivos, ansiolíticos) aumentou em média 80%.

Mas agora que a vacina chegou e existe a possibilidade de retorno gradual a normalidade, os sintomas ansiosos vão diminuir?

Pode até ser que sim, mas não necessariamente a ansiedade que você sentiu aumentada nesse período, vai embora. Para muita gente esse aumento de ansiedade vai continuar mesmo com a volta gradual a normalidade.

A vacina não vai te proteger da ansiedade!

E por que isso acontece? As pessoas passaram por traumas frequentes (adoeceram, perderam conhecidos), estiveram em situações de indefinição, falta de controle, viram seus estressores aumentados e os fatores de proteção diminuídos.

Resumindo: estamos vivendo em tempos mais difíceis que os usuais.

Vamos falar sobre TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO? (Veja o post sobre estresse antes de continuar. Vai fazer mais sentido).

O Transtorno de Estresse Pós-Traumático (ou simplesmente TEPT), é um transtorno de ansiedade que aparece em seguida de alguma situação traumática: acidente, assaltado, abuso ou uma pandemia, por exemplo.

Depois de passar pelo trauma, a pessoa fica tão pressa em seus pensamentos que pode sofrer com um fenômeno dissociativo da realidade (é como se o seu corpo estivesse ali, mas a sua cabeça não).

É possível também que desenvolva distúrbios de sono, dificuldade de concentração, irritabilidade, hipervigilância, taquicardia...

Porém, o sintoma mais marcante é o flashback: a pessoa passa a reviver o evento traumático várias vezes na sua cabeça, aumentando o sofrimento e a ansiedade. E quando eu digo “reviver”, é reviver mesmo! Não é só a lembrança do evento, é como se ela estivesse na situação traumática de novo.

Sabe aqueles filmes sobre guerras que ex-soldados tem flashback de cena bem vívidas? É isso.

Só para que a gente não confunda, é normal termos reações de estresse depois de eventos traumático e isso não significa necessariamente um transtorno, tá? Mas se esses sintomas são persistentes e incômodos demais para você dar conta, procure um profissional capacitado.

TEPT tem tratamento e a psicoterapia é o melhor caminho!

O tratamento do estresse pós-traumático tem como objetivo principal reduzir os sintomas e trabalhar com os eventos que impulsionam as lembranças negativas, afim de amenizar os impactos na qualidade de vida da pessoa.

A forma mais indicada de chegar nesses resultados é a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) e com o uso de medicamentos ansiolíticos ou antidepressivos, de acordo com as situações individuais.

Outros tipos de tratamentos acompanhados por psicólogos ou psiquiatras também são bem-vindos para ajudar a aliviar os sintomas de ansiedade e medo.


COMO LIDAR COM A ANSIEDADE DEPOIS DE UM TRAUMA

1. Aprenda a respirar
Tire alguns minutos do seu dia para praticar exercícios de respiração. É simples, mas muito eficaz. Respirar corretamente vai de ajudar a desacelerar, dormir melhor e reduzir a intensidade dos flashbacks.

2. Pratique exercícios físicos
Além de ser uma opção de distração, atividade física libera endorfinas que vão ajudar na sensação de bem-estar e reduzir a quantidade de estresse e ansiedade. 30 minutos 3 vezes por semana já vai trazer bons resultados.

3. Crie uma rotina saudável
Eventos traumáticos costumam afetar nossa rotina e se for de longa duração como a pandemia, é mais complicado ainda. Crie ou retome a sua rotina aos poucos. Sem rotina, a vida pode perder o sentido.

4. Tenha e pratique hobbies
Busque atividades prazerosas, relaxantes e que incentivem a criatividade como pintura, dança, jardinagem ou tocar um instrumento. Exercícios de Mindfulness também ajudam bastante e são bem simples de fazer. Se distraia e tente manter a cabeça no momento presente.

5. Faça Terapia
A Terapia Cognitivo Comportamento é uma ótima ferramenta para lidar com trauma e situações difíceis. TEPT é coisa séria e dicas simples podem não te ajudar. Procure um tratamento adequado!


domingo, 20 de junho de 2021

O que NÃO TE FALARAM sobre AUTOCONHECIMENTO?

 

(VEJA MAIS CONTEÚDOS COMO ESSE EM LAILABRAGA.COM)


O que é Autoconhecimento para você? Se sua resposta foi “é conhecer a si mesma” ou alguma variação disso, parabéns! Sua resposta foi igual a pelo menos 90% das pessoas.

E não pense que só por isso a resposta está errada. Autoconhecimento é isso mesmo: conhecer a si mesma, reconhecer qualidades e defeitos, compreender “quem eu sou”.

Autoconhecimento é uma expressão usada na psicologia para descrever as informações que uma pessoa tem ao descobrir a resposta para o tal do “quem sou eu?”. A habilidade de conhecer a si mesma é uma das mais importantes para o desenvolvimento pessoal em todas as áreas da vida.

Até aí, tudo bem. O problema é que existe hoje em dia uma ideia deturpada e genérica sendo difundida sobre autoconhecimento que merece nossa atenção.

O autoconhecimento tem a ver com sua essência como ser humano. Você reconhece os seus defeitos, qualidades, medos, talentos, crença e inclinações? Saberia dizer que sem pensar muito o que te motiva, te faz feliz e o que te da coragem para viver?

Ter autoconhecimento é saber os aspectos que precisam ser melhorados, potencializados e eu não discordo de nada disso, mas vamos ser realistas e ir um pouquinho mais a fundo aqui?

Esse discurso todo de “buscar um propósito”, “entender nossa missão” e tal... É muito bonito, mas esse monte de reflexões abstratas NÃO NOS DÁ RESPOSTAS! Na verdade, a tendência desse “autoconhecimento” é nos frustrar, porque parece que todo mundo consegue atingir ele, menos você.

Nós precisamos de autoconhecimento para traçar metas, objetivos, distinguir pessoas e situações. É legal a gente ter um propósito, praticar gratidão, fazer reflexões. Inclusive, recomendo essas práticas aos meus pacientes, mas acontece que isso sozinho não te da direção alguma sobre quem você é!

É legal reconhecer nossas qualidades, defeitos e outras características? É importante eu saber que eu gosto de corrida, que prefiro sorvete de flocos, mas pode ser de creme e que sorvete de chocolate nem é tão bom assim? Sim. É importante! Mas não é aí que está a verdadeira “chave do autoconhecimento” que tanto falam na internet.

Vamos entender logo de uma vez? Eu não sou estática, você também não, e o autoconhecimento, MENOS AINDA!

Você é uma AÇÃO! Isso mesmo: uma ação. Como assim? Você é o que escolhe FAZER. Não entendeu? Segue aqui...

Você descobriu seus gostos e preferências EXPERIMENTANDO! Sem agir no mundo, fica bem difícil saber o que realmente importa para nós. Autoconhecimento é movimento. É o processo de arregaçar as mangas e pôr em prática!

Uma das características principais do autoconhecimento é a possibilidade de você se enxergar de fato. É ter clareza sobre seus comportamentos e emoções diante das situações. E como a gente pode chegar lá? Testando, fazendo, experimentando. Não dá para saber se rúcula é bom ou ruim se eu não comer, não é?

E é justamente por isso que pessoas com pouco autoconhecimento podem ser incapazes de lidar com algumas situações e pessoas. Geralmente elas têm os níveis de estresse e ansiedade bem elevados e não possuem discernimento para promover comportamentos que façam bem para si mesmas ou para os outros.

O entendimento maior que precisamos ter sobre autoconhecimento é que ele exige PRÁTICA CONSTANTE de análises e reflexões, mas precisa de AÇÃO para ser concreta.


E sabe qual é a parte mais difícil do autoconhecimento? Admitir que tudo, ABSOLUTAMENTE TUDO que acontece com você na vida adulta, é sua responsabilidade.


Ahh, mas isso não exclui a responsabilidade dos outros, tá? Só quero dizer que você deve FOCAR NA SUA RESPONSABILIDADE, porque é sobre ela que você tem controle 😉.

DICAS PRÁTICAS PARA TER MAIS AUTOCONHECIMENTO

AMADURECER não tem a ver com assumir responsabilidades práticas do dia-a-dia, isso se chama HABILIDADE.

1) ENTENDA O QUE É MATURIDADE:
Entenda que problemas e dificuldades não te fazem madura. Não importa quantos você teve! Sua “criança ferida” precisou sobreviver, mas isso não é sinal de maturidade.

2) APRENDA A SE RESPONSABILIZAR:
Entenda que a dor infantil te move na vida adulta, mas que cabe a VOCÊ decidir o que fazer com ela e bancar as suas escolhas. Adultos precisam se responsabilizar.

3) QUESTIONE SUAS ÁREAS DA VIDA:
Questione suas áreas da vida e veja qual precisa de um amadurecimento urgente. A partir daqui, dê o primeiro passo. Você é uma AÇÃO! Não se esqueça disso.

4) ESCREVA E AVALIE:
Experimente escrever os seus pensamentos e emoções, e avalia-los com o tempo. Seja sincera! Tente se lembrar que você está buscando o “eu sou...” e não o “eu deveria ser...”

5) FAÇA TERAPIA:
Psicoterapia é um dos melhores investimentos para ter autoconhecimento e assumir o protagonismo da sua vida. Já pensou em tentar? Pode ser o começo de uma vida nova.


Não espere o dia perfeito, o grande momento, o par ideal... Faça o que é possível ser feito agora! Comece a agir no mundo. Desde que não traga grandes prejuízos para si e para os outros, é errando que se aprende.

Assuma sua vida adulta com maturidade. Enquanto esse movimento não acontecer dentro de você, terá sempre uma criança ferida comandando seus padrões de comportamento.

Amadurecer é um processo que demanda direção e disposição. Você está disposto?


sexta-feira, 11 de junho de 2021

A pandemia tem alterado seu nível de ESTRESSE?

 


Vamos mudar de assunto sem necessariamente mudar de assunto? Alterei um pouquinho a minha programação para falar de uma questão muito importante: o estresse.

(VEJA MAIS CONTEÚDOS COMO ESSE EM LAILABRAGA.COM)

Você sabe o que de fato é ele, quais os seus riscos e seus benefícios? Segue aqui comigo que esse assunto é muito importante e vai iniciar uma série e outros temas.

Mas antes, me responda rapidinho... Como tem andado o seu nível de estresse em meio a pandemia, crise econômica, política e toda essa bagunça atual? Já falamos por aqui como mudanças repentinas e de imprevisibilidade podem ser adoecedores, não é?

Antes de seguir, precisamos saber direitinho o que significa “estresse”, não é mesmo? Ele é um conjunto de sintomas que aparecem por conta do excesso de pensamentos, questionamentos e projeções.

A primeira e mais genérica definição de estresse foi proposta por um cara chamada Hans Selye que diz o seguinte: “o estresse e a resposta não específica do corpo a qualquer demanda”.

Dentro das ciências comportamentais, o estresse é considerado “a percepção de ameaça, com consequente desconforto, ansiedade, tensão emocional e dificuldade de adaptação”.

Traduzindo isso tudo: o estresse é a forma como o corpo responde a qualquer mudança.

É bem importante saber que nem todo estresse é prejudicial e que ele faz parte dos mecanismos de defesa do nosso corpo.

A resposta ao estresse pode ser extremamente útil em momentos de perigo físico ou para quando precisamos realizar tarefas urgentes.

Sabia, por exemplo, que até certo nível ele aumenta nossa performance física e mental? E que a falta de estresse gera tédio?

Então... O problema só aparece mesmo quando ele continua aumentado por muito tempo, pois vai fazer nossa eficiência e desempenho declinarem.

Se quiser saber mais sobre níveis de estresse, procure por uma coisa chamada “lei de Yerkes-Dodson”.

Falando de questões um pouco mais físicas, estresse quando crônico, vai atuar por 3 vias: caminho neuroendócrino, processos inflamatórios e processos autonômicos.

Na prática, o que isso quer dizer? O estresse crônico aumenta o risco de obesidade, o acúmulo de gordura, tem efeito na sensibilidade da insulina (risco ou descontrole de diabetes), causa envelhecimento precoce e eleva os riscos de hipertensão.

Além disso, ele é o principal gatilho para vários transtornos mentais, como depressão e ansiedade.

Estudos preliminares mostram que durante a pandemia os números de depressão, insônia e transtornos de ansiedade cresceram de forma alarmante no Brasil.

O motivo para isso? Os fatores de risco ficaram mais acentuadosos fatores de proteção diminuíram e a população de forma geral está mais estressada por um período de tempo contínuo.

E o que dá para fazer para melhorar isso? Bom... Não existe uma formula mágica, mas para manejo do estresse é importante manter o mínimo de uma rotina saudável:

  • Ter horário para dormir e acordar;
  • Planejar a semana ou o dia com as tarefas importantes;
  • Ter pausas e descansos programados;
  • Praticar algum tipo de atividade física;
  • Manter uma alimentação saudável e o mais balanceada possível;

E claro, fazer terapia se não tiver dando conta sozinha... Já pensou sobre isso?




QUAIS OS TRANSTORNOS MAIS FREQUENTES RELACIONADOS AO ESTRESSE?


1) Transtorno de ajustamento:
Prejuízos em várias áreas da vida com sofrimento desproporcional ao evento que desencadeou o quadro. O quadro aparece até três meses após o estressor e é diferente dos quadros que vem a seguir.

2) Transtorno de estresse agudo:
Estado de “transe”, sentimento de confusão, tristeza, ansiedade, raiva, desespero, hiperatividade, “paralização” e prejuízos executivos. Surge de horas até 3 dias do evento estressante. Deve diminuir dentro de uma a quatro semanas.

3) Transtorno de estresse pós-traumático:
Parece com os anteriores, mas traz prejuízo maiores, mais duradouros e não passa sem um tratamento adequado. Vem acompanhado de pesadelos, flashbacks, culpa, crenças muito negativas, Hipervigilância.

4) Síndrome de Burnout:
É caracterizado pelo estresses que não foi bem gerenciado em relação ao trabalho. Vem com falta de energia, sentimentos de negatividade ou cinismo relacionado ao trabalho e redução da eficácia profissional.

Além disso, a insônia e o transtorno por uso de substâncias (álcool, cigarro e outras drogas), também tem mais chances de acontecer ou são potencializados diante do estresse crônico.

Quer saber mais específico sobre algum desses temas? Se identificou com alguns desses níveis de estresse? Mande uma mensagem 😉


quinta-feira, 4 de março de 2021

A origem jurídica de Bolsonaro

 




Desde a teoria do “domínio do fato” o Brasil começou a perder sua soberania e democracia gradativamente. Essa teoria possibilitou que a classe dominante, ou seja, os mais ricos, pudessem espraiar o ódio aos pobres e em um partido (PT) em especial, e, ao mesmo tempo, prender as pessoas que retiraram sua exclusividade nos aeroportos e acesso a artigos luxuosos.

Anos atrás, um jovem que participa de um grupo de proprietários de motocicletas da marca Harley-Davidson, manifestou sua indignação em uma plataforma de rede social pelo fato do filho de sua empregada possuir uma Harley-Davidson igual a sua, pois, em sua visão, empregados não deveriam possuir os mesmos bens de consumo e frequentar os mesmos lugares dos patrões e sentenciava seu preconceito com o seguinte bordão: “quem pensa que estou errado é por que é burro ou gosta da turma do José Dirceu!” Abaixo de seu comentário havia muitas palavras de apoio sobre o” lugar de cada um”. Nesse momento a classe dominante, a “elite do atraso” , a serpente fascista do Brasil, chocou seu primeiro ovo.