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(Aviso: Os textos em amarelo pertencem à categoria
Eróticos.)




sábado, 7 de março de 2009

Recado - As Nossas Histórias II

Se for se suicidar, não se esqueça de antes tomar o remédio das duas. É que da última vez esqueceu e ficou tão fraco que não conseguiu pular pela janela nem andar até a cozinha e abrir os bicos do gás. Por favor, não corte os pulsos, pra não manchar o chão do banheiro.
Quando a vontade de morrer vier novamente fazer companhia aos seus frívolos desejos, não me venha com esse papo de que não conseguiu dar cabo da própria vida, faça o favor de morrer como qualquer suicida decente. Pula logo!
Mas era bom já ir dando banho no cachorro, colocando uma fitinha pra ele ficar bonito no velório. E, por favor, deixe uma carta emocionada explicando os motivos, que isso é baita fashion e faz o maior sucesso nas fofocas de funeral.
“Hei! Não quer conversar antes de tomar tão triste decisão? Os problemas se tornam menores se dividimos.” Mas não adianta, nem os devaneios de sua consciência tosca o fazem mudar de opinião.
Mas se você está mesmo decidido, se acha que não tem jeito mesmo, que conversas não vão resolver, já deixe o caixão comprado e o jazigo reservado para não onerar a família, senão eles não vão ficar tristes: vão ficar irados!
A verdade é que o mundo não sentirá falta de um matador de aluguel com mais de trinta assassinatos, nesta cidade onde a lei se resume aos ditames do coronelismo local. Choro no enterro só se for de alívio ou dos meninos com fome, querendo ir pra casa.
Então é este meu recado, e vou ter que deixar você com seus pensamentos, porque há mais pacientes esperando e você sabe que este hospício está lotado demais; e não esquece de tomar o remédio das duas!
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Perfeição - por Ana

Sozinho caminho à noite com meus cabelos enrolados. Ao longe, uma fogueira sutil. O mais é escuridão. Sigo à luz ou passeio nas trevas? Mãos nos bolsos, passos tranquilos e pensativos, observo as vidas que perambulam como eu. Mas a claridade mínima chama a atenção. Nunca vi luz por aqui. Vou até ela? Não sei... Mudar meu caminho por mera curiosidade? Mudar voluntariamente o rumo por causa do inesperado? Caminhar até o desconhecido, certamente pertencente a outro? Então paro. Nos meus olhos o reflexo estático daquela pequena luminosidade. Percebo que não continuarei minha rota usual. Meus pés estão fixos na direção do inusitado. Tento me persuadir a ignorar. Sem sucesso. “Então, vontade que vem de não-sei-onde, vamos lá.” Devagar, observando curioso, olhar prisioneiro, me aproximo. Ao lado das chamas, percebo que não são de outro: me pertencem. São coisas minhas que alimentam o fogo: desilusões, erros, decepções, tristezas, frustrações, dores, omissões, defeitos... Todas coisas nas quais tenho pensado ultimamente, resolvido comigo mesmo e com os que me cercam. Vejo queimar até as cinzas. Com a sola do sapato, devagar, disperso-as até serem pó que se mistura ao ar e some. Onde estou é fracamente iluminado e não há como voltar à escuridão anterior. Vou em outra direção, que me leva a novas situações e oportunidades: atravessei o portal que separa a noite do dia. Percebo, claramente, que os passos que dei do negror à fraca luz me mostraram que a curiosidade pode ser instrumento do destino, o inesperado pode esclarecer, o desconhecido pode trazer satisfação e, principalmente, que é possível ir consertando a própria imperfeição.



Texto cujos título e início foram utilizados para Perfeição - As Nossas Histórias I.
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Desencanto - As Nossas Poesias I

Eu esperava encontrar
hoje, quando acordei,
minha esperança de volta
e veja com o que esbarrei:
um fiapo do meu sonho
caído no chão do quarto...

Diante desta tristeza
(um fiapo de só cinco metros),
me bateu uma certeza
e a luz matutina da janela
ficou muito mais intensa:
nunca mais na minha vida
eu irei ver Gabriela!



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As Nossas Poesias

Esta categoria está sendo inaugurada para que escrevamos poesias conjuntamente.
A sugestão foi enviada por Raquel Aiuendi.

Funciona da seguinte forma:
Cada poesia se inicia com o título e um verso, que estará no post.
Quem quiser continuar a poesia, escreve, nos “comentários”, o título, o verso inicial e mais um verso de sua autoria.
Não façam mais de um verso de cada vez!
Outra pessoa copia (marca com o mouse, desde o título até o final do texto, pressiona Ctrl+c, clica na caixa de comentários e pressiona Ctrl+v) e depois acrescenta mais um verso.
E assim vai-se fazendo até chegar ao fim.
O fim será definido por quem quiser determinar o fim da poesia. É só escrever “FIM” ao final do verso.
Cada pessoa pode participar com quantos versos quiser, mas não em sequência.
Prestem atenção ao título!
Não se preocupem com postagens concomitantes (ao mesmo tempo): eu organizo depois, ok?
Quando a poesia estiver pronta, será postada completa no post inicial.
Para ver as poesias que já foram terminadas e postadas, cliquem em qualquer link “*As Nossas Poesias”.
Quem tiver dúvida ou quiser enviar sugestões para novas poesias, é só enviar para shintoni@terra.com.br.
Mãos à pena!
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Machado de Assis e Paulo Coelho - por Ana

Bem, Bruno, vamos conversar aqui na salinha branquinha deste aprazível lugar, como se estivéssemos todos sentados às mesinhas de um litercafé...
Como eu disse que não gostava de Machado, quero esclarecer que eu não fui traumatizada pela escola, já que o conheci antes de os professores mo apresentarem (ai, baixou o Machadão! rsrs). Não que eu ache que você está se referindo a minha postagem em seu texto, estou só esclarecendo.
Se você ficou traumatizado com ele, com certeza teve duas razões: a escola (como você diz) e o próprio! (rsrs)
Ele é chato! Muito chato! CHATO, CHATO, CHATÉRRIMO! Não dá pra gostar de ler, não flui... O Machado é marrom, pesado de descrições, chatão mesmo. Você interrompe a leitura sem pena, volta a ele pra terminar logo aquela chatice de salas não sei como, móveis não sei de quê, janelas não sei pra onde, enfeites não sei de quem.
Admiro o português, claro! Mas não compensa...
Está certo que você fisgou uma passagem que te marcou e que pode até ter sido interessante, como há coisas interessantes em “O Alienista”, por exemplo, mas são poucas...
Machado com prazer? Ainda tou pra ver... Mas eu é que não vou ler... rsrs

Quanto ao outrozinho aí... ARGH! Mil vezes!

E agora eu tenho que ir, porque eu já tô atrasada.
Pode deixar que eu pago a conta.
Garçom!
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Resposta a “Eu não gosto de Paulo Coelho, mas Machado eu amo!”,
de Bruno D’Almeida.
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Desejo - por Raquel Aiuendi

Blocos, escolas,
Frevos, sambas
Trios, quatros cantos
Axés e outros tantos...
Só na televisão
Eu aqui
Na recuperação...
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Encanto

Crie um texto sobre este tema e deixe aqui, em “comentários”, que nós postaremos.
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Retorno - por Alba Vieira

Qual folha seca
Que se solta do galho
E levada vagarosamente
Pela brisa da tarde
Repousa agora
Junto a outras no solo,
Atapetando, em tom acobreado,
A sombra da árvore majestosa,

Assim são os filhos
Que, amadurecidos,
Soltam-se dos laços maternos,
Sendo levados pela vida.
Um dia, retornando ao lar,
Unem-se aos irmãos
Já antes trazidos de volta;
Misturando suas cores
Que irão embelezar
A vida da grande mãe.
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Recado - por Yuri

Fui eu a retirar suas últimas lágrimas. Pense bem... ou então não reclame de quem as repôs, pois sei que sempre minha estrela brilhará ao te ver. Então cuide bem dela.
Por mim, dormirei com fome, minhas veias estourarão em sua cara limpa. Será que é o bastante?
Não sei bem, mas pelo menos você me notará...
Não é à toa que os olhos são os espelhos da alma.
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Poeta - por Gonçalves Leite Junior

Vejo-o sempre a cantar glória passada,
Ouço-o sempre a chorar amor já findo
Tendo a alma eternamente debruçada
Na infância, pela qual passou sorrindo!

Velho, embora, sua alma remoçada
Em cada verso - vendo um bem surgindo,
Relembra e canta a quadra alcandorada
Da mocidade, em flor... do amor tão lindo!

Escuta, poeta! com carinho guarda
Sempre no fundo da alma essa lembrança:
- O passado feliz... Finda a jornada

no “Azul em fora...” cheio de esperança
Sua alma continua na “Escalada”
Em luz - “Entre as estrelas” - glória alcança!


(A meu velho pai - homenageando sua bela obra poética.)
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Simone

Alguém sincera sempre...
Com meus sentimentos, meus limites, meus planos, meus amigos, minha família°°°

Alguém que prefere atitudes, porque as palavras têm o dom de cair em meio ao vão°°°

Alguém que não teme o futuro, pois sabe que ele se tornará passado antes mesmo que eu o perceba°°°

Alguém que vive um dia de cada vez, pois o presente é tudo que tenho°°°

Alguém que erra, mas sempre admite seus erros°°°

Alguém que perdoa, quando a pessoa sabe que ela também é capaz de se perdoar, pois se nem ela o fizer, jamais terá o direito de cobrar meu perdão°°°

Alguém que sabe que devemos dar valor a quem amamos enquanto os temos, pois eles sempre partem, e isso é inevitável°°°

Alguém que sabe que confiar em si mesmo é a lição mais importante que devemos aprender°°°

Alguém que acredita que os sentimentos só importam a quem os sente, pois para o mundo o que vale é o que se faz para demonstrá-los°°°

Alguém que aprende a cada decepção°°°

Alguém que levanta sempre, pois sabe que verá um caminho melhor de cabeça erguida°°°

Alguém que todos os dias ao levantar agradece a DEUS por ser quem é e por ter o que tem°°°

Alguém que com certeza aprendeu que AMAR apenas não é o suficiente°°°
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3 em 1 Haikais - por Raquel Aiuendi

Amor espreita
Que sorte e receita
Amor sempre é
Coisa que se quer mesmo
Sem saber que é
Desprendimento sem dor
Amor é amor.
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Namorar Pra Quê? - por Alba Vieira

Namorar é bom
Pra conhecer e se ver
Melhor no outro
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Encanto - por Yuri

Ôô, menina de uma beleza tão grande!
Ô, nen? Seu encanto me fascina.
Ôô, menina, mas que pena que tem o cérebro pequeno....
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