Acabo
de ouvir uma observação sobre um menino que “tem três aninhos” o que gerou
minha curiosa pergunta: Quantos dias tem um aninho?
Salvo
o bissexto, como esse, em que fevereiro tem 29 dias, os demais, têm 365 dias.
Seriam, esses, aninhos, o atual, um anão?
Mas,
quem se ocuparia com esses problemas anais? De qualquer modo, usarei uns
supositórios, (digo, umas suposições).
Na
verdade, apesar de extático, costumamos fazer a leitura do tempo, em termos de
passar moroso ou pressuroso, qualidades humanas, às quais, Cronos se furta.
A
leitura do tempo é um fator psicológico, derivado de estados de alma, que, uma
vez de posse de expectativas promissoras, faz parecer que o tempo demora
passar, porém, no gozo dessas situações deleitosas, dizemos que o tempo
voa. Medimos, antes, a presença ou ausência
do prazer, às expensas do tempo.
Pois,
se ele faz mesmo isso, voar, certamente o faz, com nossas asas.
O
fato é que, nos meus “aninhos,” eles eram deveras demorados, pois, meu orgulho
“maschio” desejava ter pelos na cara e noutras partes, e como demorava! Agora
que os tenho indesejadamente, nem sempre acho tempo para me livrar do incômodo.
Em
pleno desfrute de meus anões, muitos sonhos e projetos pendem pelo caminho em
face à carência de tempo. Na real, são agora meus aninhos, e bem idos, meus
anões.
Acho
que quando dizemos que um infante tem xis aninhos, não medimos seu tempo, nem
seus anelos psicológicos, apenas, o tamanho do “relógio”...
Visitem Leo Santos
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