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(Aviso: Os textos em amarelo pertencem à categoria
Eróticos.)




quarta-feira, 1 de abril de 2009

O Autor de Março

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PARABÉNS, BRUNO D’ALMEIDA!

Agradecemos por todas as palavras que você deixou aqui no mês de março!
Aqui estão elas!
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Wordle: Março - Bruno D'Almeida
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Clique na imagem para ampliar.
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Imagem: Wordle
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Dúvida - As Nossas Poesias X

O sorvete que você lambia
Com tanta delicadeza,
Me fez ficar te olhando
E me deu uma certeza:

Te ver era um prazer enorme,
Despertou a minha fome.
E olha que não sou assim:
ficar olhando quem come.

A volúpia da tua língua lambendo
o frio do sorvete de limão
foi tanta que ele despencou da casquinha
e esparramou pelo chão.

E com expressão infantil,
a um só tempo surpresa e chorosa,
desatou a chorar
de uma forma graciosa.

Foi aí que fiquei em dúvida:
será que ofereço um de menta?
Quem sabe poderíamos
compartilhar este momento?

Resolvi me aproximar
Espero o sim, receio o não...
Caminho em direção a ela
Com o coração na mão.



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Mágica no Cotidiano - As Nossas Histórias VI

Saí de casa hoje decidida a enxergar além daquilo que definimos como realidade. Desprogramar sentidos e percepção. Desligar o piloto automático. Não foi fácil...
Na verdade, saí de casa com vontade de dar um pontapé no marasmo, mas isso nunca foi fácil...
A realidade logo se faz presente na dor que se sente (no dedão).
Pois enquanto algo em nós busca o alto, sentindo todo o tédio da vida cotidiana, uma outra porção de nosso ser precisa ser ancorada através da limitação deste corpo. Corpo realmente tão limitado se comparado à grandeza da alma!
E não tem alma ou decisão elevada que resista a uma unha encravada, toda inflamada, esmagada num sapato de salto agulha!
O anseio de expansão da alma bloqueado pela dor, pelos limites que o corpo impõe. Primeiro curar o corpo, eliminar a dor que me impede de seguir com a decisão de enxergar além.
Com certeza curar o dedão é a parte mais fácil. Curar ou ignorar aquele incômodo, para que eu não fique à mercê destes pequenos detalhes humanos e possa apenas estar conectada com algo maior do que as coisas mundanas.
Então, ignorando aquela chatice de unha encravada, voltei-me para minha decisão inicial do dia e fui em frente, tocando o dia decidida a ver todas as coisas através de um novo olhar: mais amigo, mais tolerante, mais feliz, mais otimista, mais cantarolante. Do pensamento à ação. Meus atos sendo guiados desta nova forma decidida por mim.
E então, ignorando as mazelas do mundo, vivi um dia diferente, feliz... e, ao chegar em casa, percebi que mais nada me incomodava, que a forma com que decidi ver a vida me modificou por dentro, para sempre.



Texto criado por Alba Vieira, Clarice A.,
Ana, Escrevinhadora, Aaron Caronte Badiz e Anônimo.
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Roubada - por Ana

Me meto em roubada
quando falo sem ser chamada,
entro sem ser convidada,
revido sem ser provocada,
grito sem ser insultada,
ajudo sem ser convocada,
bato sem ser atacada,
julgo sem ser empossada,
xingo sem ser ultrajada,

Eu caio em cilada
quando falo ao ser convocada,
entro se sou chamada,
revido se sou insultada,
grito se sou ultrajada,
ajudo se sou empossada,
bato se sou provocada,
julgo se sou convidada,
xingo se sou atacada.

Mas...
Se eu falo com a alma,
se entro com calma,
revido com amor,
só grito de dor,
ajudo com senso,
não bato (eu penso),
só julgo meus atos,
não xingo de fato...

É do outro a roubada,
quando monta cilada,
fala o que não devia,
entra numa baita fria,
revida (maior asneira!),
grita de bobeira,
ajuda na zoação,
bate no próprio irmão,
julga sem opinião,
xinga sem ter razão.


Poesia cujos título e primeiro verso foram utilizados para a versão coletiva Roubada - As Nossas Poesias IX.
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Labirinto - por Vicenzo Raphaello

Era o que esperavam os aflitos para saírem daquele marasmo.
A ideia de construir uma passagem que alcançasse Rio das Pedras Polidas era, enfim, a solução de escape daquele labirinto, no qual havia se metido aquele grupo sob comando de Raquel, experiente pesquisadora de batráquios chifrudos.
Estavam há treze semanas enfiados naquela gruta. Estava esgotada a paciência de todos, a comida escasseava, assim como as baterias e um início de rebelião começava a se instalar.
A expectativa inicial fora frustrada: ao invés de batráquios, só morcegos albinos de asas lilás foram encontrados. Não que estas espécies importância científica não tivessem, mas rato voador já era demais para o estômago de todos, ainda por cima em meio ao mau cheiro dos excrementos daqueles animais repulsivos
Iniciaram, pois, a escavação em direção ao ruído de água corrente que vinha de uma estreita abertura.
Alcançaram um grande salão. Estalactites e estalagmites com geometria desconhecida, assemelhando-se a grossas cordas brilhantes e faiscantes, pela enorme quantidade de pequenos diamantes que, incrustados naquelas formações, as tornavam únicas aos olhos dos experientes pesquisadores.
Nesta expedição, sempre uma surpresa.
Surpresa maior era o rio que por ali passava: corria para cima!!!!
Sujos, cansados, ficaram ali deliberando o que fazer. Parecia a todos que mergulhar naquela água e se deixarem levar correnteza acima era uma ideia tentadora apesar da incerteza...
Aí, para terminar esta história sem pé nem cabeça, um pequeno abalo sísmico acabou com esta narrativa.
Quem quiser que conte outra.

(PS - O outro desfecho é bem mais interessante.)
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Texto cujos título e início foram utilizados para Labirinto - As Nossas Histórias V.
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As Nossas Palavras IV - por Rita

Se cair, levante-se.
Não importa quantas vezes:
Sete, oito, nove ou dez.
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As Nossas Palavras IV - por Escrevinhadora

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Se você cair 8 vezes, levante-se 7 vezes oito.



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Gilberto Gil, “Meu Amigo, Meu Herói” - por Clarice A.

Oh! Meu amigo, meu herói!
Oh! Como dói saber que a ti também corrói
A dor da solidão...
Oh! Meu amado, minha luz,
Descansa tua mão cansada sobre a minha,
Sobre a minha mão.

A força do universo não te deixará,
O lume das estrelas te alumiará
Na casa do meu coração pequeno,
No quarto do meu coração menino.
No canto do meu coração espero
Agasalhar-te a ilusão.

Oh! Meu amigo, meu herói...
Oh! Como dói...
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O Iluminado - por Ana

ESPETACULAR!!!!!!



Sinopse: Cineclick
Trailers: Youtube, Youtube
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Resposta a Um Estranho no Ninho,
de Luiz de Almeida Neto.
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E você? Que filme você considera espetacular?
Stephen King, Stanley Kubrick

O Iluminado - por Luiz de Almeida Neto

O Iluminado é mais o roteiro que Jack Nicholson em si também. Mas tudo isso é mais um gosto meu que propriamente opinião.



Sinopse: Cineclick
Trailers: Youtube, Youtube
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Resposta a comentário de Ana em
Um Estranho no Ninho, de Luiz de Almeida Neto.
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E você? Que filme gostaria de comentar aqui?
Stephen King, Stanley Kubrick

Cinema Paradiso - por Ana

Clarice:
Vamos sentar aqui nas cadeirinhas do litercafé para eu te contar como foi que assisti a Cinema Paradiso.

Sabe, este filme foi lançado numa época em que eu ia muito a cinema. Mas eu passava em frente aos cinemas em que ele estava em cartaz, olhava o painel, lia o título e nenhum dos dois me agradava. Achava que fosse um filme mais leve, a respeito da vida de um senhor numa cidadezinha italiana. Acabei não vendo e ele saiu de cartaz.
Um dia, sem ter nada mais pra ver na locadora, resolvi trazê-lo para casa. Que surpresa feliz!
Adorei! O final é tão especial! E que direção do Giuseppe Tornatore! Lindíssimo!
Então comprei e, depois disso, vi várias vezes.
Como a gente se engana...

Agora deixa eu ir lá, que ainda preciso dizer oi para o pessoal que está aqui hoje.
Beijo.
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Sinopse: Cineclick
Trailer: Youtube
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Resposta a “Cinema Paradiso”, de Clarice A.
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E você? Que filme considera lindíssimo?
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Abusada - por Rita

Gente agora estou abusada pra danar
Depois que descobri o Duelos
Achei uma nova forma de me expressar
Só não estou pronta para duelar
Acho que vim para ficar.
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Ingratidão - por Ana Maria Guimarães Ferreira

Um sentimento que magoa
que dói, que dilacera
uma dor profunda
que como punhal perfura
as profundezas da alma

Dor que não tem grito
dor que não tem eco
dor que fica
que permanece
que destrói, que faz sofrer

Quem esquece magoa
faz doer
Quem esquece se esquece
da dor que faz sofrer
Ingratidão
Sem começo, sem meio
um sentimento que entra
destrói meus sentimentos
e não tem fim

Me causa tristeza, me corrói
me faz sofrer
e fica assim
dentro de mim
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Vaga para Estágio - por Thiago Benício

Sérgio tem 18 anos, está no segundo semestre do curso superior de Administração de Empresas. Não tem muita experiência profissional, pois trabalhou apenas como office-boy há um ano, na empresa de seu tio. Ele está ansioso para a sua primeira entrevista para a vaga para estagiar na área de Administração de Vendas, numa empresa de grande porte, conhecida em todo o país.

- Olá, bom dia! Prazer, sou Amaral, gerente de vendas.
- Bom dia! Prazer, Sérgio!
- Ah, você é o Sérgio?!
- Sim, sou eu...
- Podemos começar, Sérgio?
- Claro!

- Bom, vejo em seu currículo, que tem 18 anos.
- Sim, tenho.
- O que te fez concorrer a esta vaga de estágio, aqui nesta empresa?
- Bem, esta empresa é grande, o que pode me permitir um plano de carreira, um crescimento profissional, aliado ao pessoal. Sou uma pessoa que, apesar de jovem, adoro desafio, e ingressar aqui, começar uma, quem sabe, carreira aqui, é uma conquista que pretendo alcançar.
- Bom, muito bom... Você faz Administração de Empresas, né?
- Sim.
- Está em que período?
- Segundo semestre.
- Certo... Você tem interesse em ingressar nesta empresa pela probabilidade de uma carreira, de um crescimento profissional...
- Sim, mas para isso terei de demonstrar meu valor. É a questão de credibilidade, quanto mais eu faço, mais reconhecimento vem com isso, com meu esforço. Acho que isso me faz crescer e implica no crescimento da empresa também. Claro que me falta maturidade, mas por isso estou me candidatando e buscando oportunidades de estágio.
- Claro. Decerto gostei de sua forma de se expressar. Para esta área relacionada a vendas, é o que necessitamos, de pessoas com desenvoltura. Agora, você trabalhou, há seis meses, nesta empresa, como auxiliar administrativo. O que você fazia lá?
- Era office-boy, interno e externo. A empresa era de meu tio. Mas não tive uma oportunidade de engrandecer meus conhecimentos e não via horizonte lá. O crescimento era muito restrito; pouco, bem pouco provável de acontecer.
- E você saiu de lá, por quê?
- Por isso, pela impossibilidade de crescimento. Pela escassez de agregação de conhecimento que estava adquirindo.
- Mas ficou lá por seis meses apenas...
- Porém durante esse pouco tempo já percebi que não era o lugar em que me sentia feliz.
- E você acha que aqui pode alcançar essa felicidade?
- Sim. Pretendo crescer, o que vai me tornar feliz e acho que aqui, pode ser bem possível.
- Ok. Você me falou de suas qualidade, que é uma pessoa aguerrida, com um ótimo poder de persuasão, que vem me demonstrando com sua fala. Agora quero que me relate um defeito que possui...
- Sou humano, tenho “n” defeitos, assim como qualquer um tem. Mas que mais se destaca em mim é a tal da ansiedade, que me faz ser espontâneo demais. Isso eu tenho trabalhado muito para, ao menos, diminuir. Como respirar fundo e analisar bem o caso antes de tomar qualquer decisão, por exemplo.
- Ok. Conte-me um pouco sobre sua vida. O que costuma fazer nos fins de semana.
- Procuro sempre estar das pessoas que mais quero bem. Minha família e amigos. Não consigo ficar uma semana sem vê-los. Nos fins de semana, geralmente, jogo futebol aos sábados e aos domingos, em casa, fazemos um churrasco, para reunir a família.
- Ah, legal. Você é bastante sociável...
- Sim. Gosto de lidar com gente!
- Olha, Sérgio, gostei muito de seu perfil, se encaixa perfeitamente no que procuramos. E para esta vaga, é muito complicado se a gente contratar alguém que não sabe lidar com pessoas e que têm pouca capacidade de relacionar com elas. Mas temos um porém: você é muito jovem e por isso possui pouquíssima experiência. Para esta vaga necessitamos alguém com, no mínimo, um ano. Mas não se preocupe, seu currículo será guardado em nosso banco de dados, daqui a algum tempo, quando surgir uma nova oportunidade, tenha certeza que te chamaremos.
- Entendo... Aliás, Sr. Amaral, não entendo nada. A descrição da vaga é “Estágio em Administração de Vendas”, ou seja, vocês procuram alguém que está estudando, provavelmente alguém jovem que possa desenvolver um trabalho e adquirir conhecimento com o passar do tempo que estiver aqui. Não compreendo, do fundo de minha alma, como pode exigir tal experiência para uma pessoa que procura estágio. Por que não contratar um profissional? Já sei! Talvez pelo fato da mão-de-obra cara, que um estagiário, otário, escravo, não custe tanto como um profissional experiente, cabido dentro de regimes CLT, não? Ora, Sr. Gerente de Vendas Amaral, eu sou estudante e você mesmo ressaltou minha adequação para esta vaga. Agora me vem com essa história de experiência. Estou cagando para a experiência que necessita essa droga de vaga, miserável! Acho pouco provável que os senhores, administradores desta tão contemplada empresa, tenham em mente que o futuro somos nós e não vocês... Espero que ache alguém para este lugar, e que este alguém se torne seu chefe, e que não pense pequeno como você. Agora, me dê licença, que me vou! E direi a quem quiser ouvir que esta empresa não tem seriedade. Obrigado pela oportunidade. Essa foi minha primeira entrevista para um estágio, e espero nunca mais me deparar com o gerente de vendas chamado Amaral.
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