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Eróticos.)




quarta-feira, 30 de abril de 2014

Pollyanna, de Eleanor H. Porter - por Ana

  
Li “Pollyanna” quando era criança (uma criança bem a la Mafalda, por sinal).  Ela me ensinou o jogo do contente e eu tentei, verdadeiramente, agir como ela, vendo o lado bom de todas as coisas, por mais horrorosas que fossem.  Fiz isso porque soube, de imediato, que era uma boa forma de viver, melhor do que a postura crítica que me era tão peculiar.  Porém, minha tentativa não durou o tempo de acabar de ler o livro: em alguns pouquíssimos dias voltei ao normal.  Mas ficou na lembrança aquela menina que teimava em ser irritantemente positiva.
Hoje, lembrando do livro, parei e pensei sobre sua mensagem.  Minha tentativa infantil não deu certo porque o que fiz foi mudar meu comportamento superficialmente, não o adotei como filosofia de vida, como fez Pollyanna.  Ela, que tantos revezes sofreu, decidiu não se deixar envolver por eles, e sim olhar através das tristezas e fixar os possíveis pontos de luz existentes em meio às trevas de sua vida.  Mas, além disso, ela própria brilhava interiormente e transbordava este brilho para o mundo.  Seu otimismo era infinito, uma questão bioquímica mesmo: ela não nasceu para a depressão, para o aprofundamento abissal, para a taciturnidade.  Ela nasceu para viver bem, para sorrir, para ser alegre a despeito de quaisquer situações exteriores.  Nasceu para ser feliz e fazer feliz a partir de sua transbordante positividade.  Mais que uma decisão, havia uma capacidade inerente a ela.
Portanto, ser Pollyanna não é para qualquer um, só para aqueles que já nascem Pollyannas.  Mas ela e as Pollyannas do mundo deixam sua marca, iluminam nossos dias com seus sorrisos inesquecíveis e nos lembram que o brilho é infinitamente melhor do que o marasmo, o pessimismo e a cinzenta seriedade que, por vezes, domina completamente nossas vidas.
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domingo, 27 de abril de 2014

sábado, 26 de abril de 2014

A Terapia da Reencarnação, de Harald Wiesendanger - por Alba Vieira


“Este livro fala sobre as possibilidades da terapia de regressão às vidas passadas, do ponto de vista de um seu defensor com formação em filosofia, psicologia e sociologia. O autor apresenta um estudo sério com vasta bibliografia sobre o assunto. Faz o papel de ‘advogado do diabo’, muitas vezes ridicularizando o trabalho de vários terapeutas, no que algumas vezes demonstra ter toda a razão e, no final, mostra-se favorável à terapia depois de expor suas reservas. Entretanto, para o profissional com formação especializada (psicologia, medicina) e que tem estudos e vivências relacionados à espiritualidade, sem ater-se a determinadas doutrinas religiosas, ficam claros vários pontos contraditórios que deixa passar em relação às suas concepções durante a narrativa. E algumas vezes demonstra que o seu conhecimento sobre alguns pontos é totalmente teórico, dando a impressão de alguém que ouviu falar de determinada coisa e passa a se achar em condições de criticá-la, incorrendo em falhas graves, embora, de forma geral, mostre um conhecimento muito mais amplo do que a maioria dos autores que escrevem sobre este assunto. Assim, algumas vezes analisa trabalhos de diferentes terapeutas sem considerar que a ampliação da consciência é condição prévia para discutir temas relacionados a essa área de estudo e trata numa visão da realidade vinculada ao tempo e espaço, questões que transcendem, que não estão limitadas ao tempo linear nem à matéria do ponto de vista da física newtoniana. E, afinal, sua análise põe em evidência o risco que representam os ‘lunáticos’ que se arvoram a fazer terapias de regressão depois de uma formação mínima e ultrarrápida, algumas vezes piorando o estado de seus pretensos pacientes; os ‘salvadores’ que insistem em lidar com as entidades perdidas ainda nesse plano e mandá-las para a luz e os que aceitam fazer regressões em que a motivação é a simples curiosidade ou em ‘crentes’, ‘viajantes’ que desejam a todo custo se libertar do fardo das responsabilidades dessa vida e querem fazer regressão para tentar encontrar um objetivo num plano maior. Também alerta para o perigo daqueles terapeutas que focam o seu trabalho no espiritual, perdendo muitas vezes a lucidez e arrastando pessoas em momentos de fragilidade na vida para compartilharem e trilharem caminhos que fazem parte das suas (terapeuta) crenças. A insistência em aconselhar que os regredidos procurem provas da veracidade das experiências pelas quais passaram me parece sem justificativa. Afinal, do ponto de vista terapêutico e comprovado pelos mais recentes estudos científicos, não importa se o conteúdo das regressões é 100% verídico, se é uma elaboração da mente, se é uma mistura das duas coisas, se tem fragmentos de criptomnésia etc. Tudo isso é verdadeiro e pode se complementar num mesmo caso, inclusive com as distorções que a mente faz quando se tratam de recordações , sejam elas de um passado recente ou remoto. O que importa, para fins terapêuticos, é que esse material se constitui numa base para ser feita a terapia, usando-se diferentes linhas de trabalho. E que essa terapia que é transpessoal, tem as mesmas características, com seus acertos e riscos de outras terapias menos abrangentes, podendo entretanto ser mais profunda, rápida, barata e duradoura. O último capítulo é o mais esclarecedor, mas também há ressalvas em relação a algumas afirmações apresentadas quanto ao estudo da eficácia do tratamento por regressão às vidas passadas, em bases científicas.”
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E você? Que livro gostaria de resenhar aqui?
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Visitem Alba Vieira
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sábado, 19 de abril de 2014

Jogo Bruto - por Tércio Sthal

Não confunda, chicote dá íngua,
e a língua é o chicote da besta.

Não confunda, chicote é pra besta,
e besta não sabe usar a língua.

Não confunda, a língua não é besta,
e defende a íngua do chicote.

Não confunda a íngua e a língua,
que a besta lhe toma o chicote.



Visitem Tércio Sthal.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Aldous Huxley (Biografia) - Enviada por Ana

Aldous Leonard Huxley (Godalming, 26 de julho de 1894 - Los Angeles, 22 de novembro de 1963) foi um escritor inglês e um dos mais proeminentes membros da família Huxley.
Sua família incluía os mais distintos membros da classe dominante inglesa; uma vasta elite intelectual. Seu avô era Thomas Henry Huxley, um grande biólogo defensor da teoria evolucionista de Charles Darwin, tendo desenvolvido o conceito agnóstico. Sua mãe era irmã da romancista Humphrey Ward, sobrinha de Matthew Arnold, o poeta, e neta de Thomas Arnold, um famoso educador e diretor da Rugby School que acabou se tornando personagem no romance “Tom Brown’s Schooldays”.
Estudou na aristocrática escola de Eton, que foi obrigado a abandonar aos dezesseis anos, devido a uma doença nos olhos que quase o cegou, impedindo-o de cursar medicina. Mais tarde, ele recuperou visão suficiente para se formar com honra pela Universidade de Oxford, mas não o suficiente para servir o exército britânico durante a Primeira Guerra Mundial. Em Oxford, engajou-se com a literatura pela primeira vez, conhecendo Lytton Strachey e Bertrand Russell, e também se tornou um amigo íntimo de D. H. Lawrence.
Em 1921, lançou “Crome Yellow”, o primeiro de uma série de romances e novelas que combinam diálogos emocionantes e um aparente ceticismo com profundas considerações morais.
Viveu a maior parte dos anos 20 na Itália fascista de Mussolini, o que inspirou parte dos sistemas autoritários retratados em suas obras.
A obra-prima de Huxley, “Admirável Mundo Novo”, foi escrita durante quatro meses no ano de 1931. Os temas nela abordados remontam grande parte de suas preocupações ideológicas como a liberdade individual em detrimento do autoritarismo do Estado.
No ano de 1937 Aldous Huxley mudou-se para Los Angeles e, em 1938, no auge da sua carreira, chegou a Hollywood, como um de seus mais bem remunerados roteiristas. Nessa fase, escreveu romances como “Também o Cisne Morre”, “O Tempo Pode Parar”, “O Macaco e a Essência”.
O cinema, para Huxley, foi uma aventura tão fascinante quanto suas descobertas e experiências com a mescalina, narradas em “As Portas da Percepção”, de 1954; livro que influenciou em muito a cultura hippie que florescia, dando nome, por exemplo, à banda The Doors, pois tais relatos com a droga indígena se assemelham em muito com o LSD que estava em ascensão. Dois anos depois, viúvo, casou-se novamente e publicou “Entre o Céu e o Inferno”.
Em 1959, foi agraciado pela Academia Americana de Artes e Letras com um prêmio por seus romances. Tal premiação era concedida a cada cinco anos e havia sido entregue anteriormente a Ernest Hemingway, Thomas Mann e Theodore Dreiser.
Huxley permaneceu quase cego por toda a sua vida. Sua esposa, Maria Huxley, faleceu em 1955. Um ano mais tarde, Huxley casou-se com Laura Archera. Ele morreu, em 1963, na sua pequena casa de Los Angeles.
Huxley produziu um total de 47 livros ao longo de sua vida. O crítico britânico Anthony Burgess, uma vez, afirmou que Huxley fora o pioneiro do “romance cerebral”. No entanto, outras correntes de críticos classificaram Huxley como um ensaísta, ao invés de romancista, pois suas obras eram conduzidas mais apoiadas sobre suas ideias do que o desenrolar de personagens ou contextos de histórias.

Cronologia de alguns de seus trabalhos mais conhecidos
1920 - Limbo (contos de estreia)
1921 - Crome Yellow (romance)
1923 - Ronda Grotesca (romance)
1926 - Duas ou Três Graças (contos)
1928 - Contraponto (romance)
1932 - Admirável Mundo Novo (romance)
1936 - Sem Olhos em Gaza (romance)
1937 - Despertar do Mundo Novo (ensaios)
1939 - Também o Cisne Morre, romance)
1941 - Eminência Parda (bibliografia romanceada)
1943 - The Art of Seeing (ensaios)
1945 - O Tempo Deve Parar (romance)
1946 - The Perennia Philosophy (ensaios)
1949 - O Macaco e a Essência (romance)
1950 - As Portas da Percepção / Céu e Inferno (ensaios)
1952 - Os Demônios de Loudun
1959 - Regresso ao Admirável Mundo Novo (ensaios)
1962 - Island (romance)
1978 - A Situação Humana (ensaios)



Fonte: Wikipédia
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quinta-feira, 17 de abril de 2014

João Bosco e Francisco Bosco, “Enquanto Espero” - por Ana

Enquanto espero acontecer
Enquanto espero ver no cais
Vou derramando sem querer
A febre dos meus ais

Há muito tempo amor
Que eu trago dor dentro do peito
Há muito tempo a cor
Da solidão tingiu-me o leito
Há tanto tempo assim
Só eu dentro de mim
A procurar por nós
E apenas uma voz
Responde estão agora
O vazio e a saudade a sós

Há muito tempo amor
Que eu te sufoco em pensamento
Mas quando a noite cai
Traz tua imagem como um vento
Faz tanto frio aqui
Só eu dentro de mim
A procurar por nós
E apenas uma voz
Responde estão agora
O vazio e a saudade a sós

Navego um mar de fado azul
Angústia de um bolero
Versado em sombras, meia luz
Soluço no meu canto
Uma canção enquanto espero
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terça-feira, 15 de abril de 2014

Hermógenes - Citado por Alba Vieira

Ninguém chega à Verdade se está iludido. É bom aprender a amar a desilusão. Se te traírem, agradece. A traição te deu maior liberdade e mais proximidade da Meta.
Se teus “mestres”, teus dogmas, tuas confortadoras convicções ruíram diante da evidência, não o lamentes.
Agradece aos céus, que te estão ajudando a afastar o entulho que atravanca o caminho.
Pisa os fantasmas das antigas crenças como guerreiro triunfante na batalha pela Verdade.
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AMOR DE CARNAVAL - por Kbçapoeta

    O carnaval pode ser uma época triste onde solteiros procuram um amor eterno disfarçado de uma paixão fugaz.
    Casadas e casados sofrem com as brigas que convenientemente a época traz atrelado ao sumiço da cara-metade que se perde entre orgias e salões. Por esses e outros fatores é possível que o carnaval possa ser triste para certo número de pessoas.
    Havia um jovem que estava na faixa dos vinte anos e acreditava ter encontrado a mulher de sua vida. Sentia-se o mais afortunado dos homens. Tão moco e já contemplado no consórcio do amor.
    Conhecera de vista a menina de sua escola, mas, conversara com ela pela primeira vez uma reunião na casa de um amigo em comum. A paixão foi fulminante.
   Sonhos e devaneios de uma cinematográfica vida perfeita a dois tendo ela e ele como protagonistas não saia de sua cabeça. A sensação era celestial, não queria mais nada da vida.
    Transcorridos oito meses de intensa paixão, chega o carnaval e suas tentações.
    Subitamente na semana que antecedia o carnaval ela virou uma verdadeira fera na segunda-feira. Na terça ficara rabugenta, frígida na quarta, ausente na quinta e extremamente violenta na sexta.
   Uma briga em que palavras foram usadas como lâminas sangrando o mais nobre dos sentimentos e evocando os mais horrendos que um coração magoado e ferido pode ter.
   Sumiu na madrugada da sexta-feira. Madrugada esta que inaugura os devaneios permitidos de uma legítima festa da carne. Um mar de braços, pernas e bocas lânguidas e envolventes.


   Nunca mais vira seu suposto amor. Sumiu na sexta fatídica de um carnaval entre lantejoulas, camisinhas, bebidas e prazeres.




                                                                           Visitem Kbçapoeta

domingo, 13 de abril de 2014

Buda e Jesus: diálogos, de Carrin Dunne - por Alexandre

 
 


 
 
Perfeito para quem gosta de ambas religiões ou quer conhecer suas semelhanças!

Este livro perpassa muito bem os princípios Cristãos e Budistas, apresenta suas divergências e suas analogias. É estruturado em diálogos sábios e profundos. Nos conduz a um panorama sobre estas grandes religiões. Achei desproporcional que a autora usou mais elementos do antigo testamento em seu aprofundamento sobre Jesus do que mais detalhes sobre Gautama e sua cultura.
Gostei também que o livro foi encerrado com as máximas de Buda e de Jesus, de certo modo apresentando as semelhanças entre si.
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quinta-feira, 10 de abril de 2014

Post Inesquecível do Duelos - Indicado por Ana

Luiz de Almeida Neto sempre foi um assíduo frequentador do Duelos, desde os tempos do Terra (antes e depois da cólera rsrsrs). Ativo participante também, brindava os leitores com seus posts que nos faziam pensar, admirá-lo e elogiá-lo pela originalidade e pela forma direta de abordar as atitudes humanas e as reações a elas. Infelizmente, nunca mais aportou por aqui o autor de “Silêncio Solitário na Casa Enorme”, um dos seus primeiros poemas (se não o primeiro) a ser publicado no blog. De língua ferina, afiadíssima e a consciência ainda mais, ele é um autor que faz muita falta.
Escolhi este post porque é ótimo representante das características citadas anteriormente e da sua agressividade poética, que é algo que adoro ler e exercitar de vez em quando (não é mesmo, Ninjíndia? rsrsrs)!



PENITÊNCIA NÃO RESOLVE NADA
(LUIZ DE ALMEIDA NETO)

E sabe do que mais?
Não acredito na tua consciência
Nem na minha

Como posso crer
que és capaz de avaliar
os estragos que fazes
e que te penintencias
com o sofrimento alheio?

E se não fizeres nada disso?
Ainda sim terei minha própria consciência?
Ou será que esta existe
tanto quanto a mula-sem-cabeça?

Ou será que ela existe
e a guardas tão bem
que não vemos seus reflexos
em nossos dias?
Será que vale a pena?

Sabes do que mais ainda?
Se é para ficares sofrendo
se lamuriando e penintenciando
por força de tua consciência
e incapaz de tomar uma atitude
digo que sou caridoso
e te liberto das aparências
Prefiro que esqueças
afinal de contas
tudo que se passou

De que me vale uma pessoa a mais sofrendo
Só uma lamúria a mais
sem resolvermos nada
Não

Esquece-te de mim
e caminha teu caminho
como quem segue a cavalo
mais vale um fodido
que dois remediados
e um dia inda me vingo
pra sofrer eu também com meus pecados
pois invejo a capacidade
de sofrer e não fazer nada.
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..............................Visitem Luiz de Almeida Neto
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terça-feira, 8 de abril de 2014

FRAGMENTOS DE VIAGEM À CIDADE DE "Z" ( continuação III ) - por Kbçapoeta


     Não resisti, minha curiosidade foi maior.
    A adrenalina em conhecer universos discrepantes do meu fez-me  fazer contatos com os “manos” indígenas .Para minha surpresa, foram muito receptivos.
    Após meia hora de conversa, dois baseados, diferenças linguísticas e piadas de gaúcho, me levaram para sua aldeia para experimentar um chá feito com a erva da Jurema.
    Jurema é uma árvore sagrada para os indígenas e dela eles extraem a casca para fazer um chá que é utilizado em seus rituais. O chá é feito sob as instruções do Pajé, líder espiritual indígena. Da erva da Jurema levaram-me para Serra do Roncador.


    Serra do roncador é um lugar envolto em mistérios metafísicos e extraterrenos. O mais famoso deles é o desaparecimento de Percy Fawccet, um explorador do museu britânico que teve a permissão negada duas veze para fazer pesquisas no interior do mato grosso. Uma dessas permissões fora negada pelo próprio marechal Cândido Rondon, responsável pelos assuntos de fronteira e relações internacionais dessa região.



                                                                        Visitem Kbçapoeta




domingo, 6 de abril de 2014

Léon Tolstói e a Arte - Citado por Penélope Charmosa

A atividade da arte consiste em evocar em si próprio certo sentimento que se experimentou e tendo-o evocado, transmiti-lo por meio de movimento, linhas, cores, sons ou formas expressas em palavras, para que outrem experimentem o mesmo sentimento.
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sexta-feira, 4 de abril de 2014

Hermógenes - Citado por Alba Vieira

Algumas pessoas são infelizes porque imitam aquele poeta louco. Na lua nova, sentia-se triste por não ter a luz calmante dos plenilúnios a embelezar a noite. nos fulgores da lua cheia, lastimava a ausência das estrelas de que tanto gosta.
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quinta-feira, 3 de abril de 2014

Rodrigo Amarante e “O Vento” - por Kbçapoeta

Posso ouvir o vento passar,
assistir à onda bater,
mas o estrago que faz
a vida é curta pra ver...
Eu pensei...
Que quando eu morrer
vou acordar para o tempo
e para o tempo parar:
Um século, um mês,
três vidas e mais
um passo pra trás?
Por que será?
...Vou pensar.

- Como pode alguém sonhar
o que é impossível saber?
- Não te dizer o que eu penso
já é pensar em dizer
e isso, eu vi,
o vento leva!
- Não sei mais
sinto que é como sonhar
que o esforço pra lembrar
é a vontade de esquecer...
E isso por quê?
Diz mais!

Se a gente já não sabe mais
rir um do outro, meu bem, então
o que resta é chorar e, talvez,
se tem que durar,
vem renascido o amor
bento de lágrimas.
Um século, três,
se as vidas atrás
são parte de nós.
E como será?
O vento vai dizer
lento o que virá,
e se chover demais,
a gente vai saber,
claro de um trovão,
se alguém depois
sorrir em paz.
Só de encontrar...
.
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.Los Hermanos

Wade - por Ana

(Paródia da música “Wave”, de Tom Jobim)


Vou te contar
Meus olhos já não podem ver
Coisa que só um cirurgião pode entender
Sair de casa agora é um horror
Tá impossível caminhar sozinho...

Vou tropeçar
Em coisas que nem sei contar
Bueiro, escada, poste, orelhão
Tá impossível me virar sozinho...

Da primeira vez, calamidade!
Da segunda ao PAM, fatalidade...

Agora eu já sei
Há algo que vai me ajudar
Foi a vizinha quem me veio aconselhar:
- “Para você se locomover
Só um cão-guia pode resolver”...
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Adulto Feliz - por Rita

A criança cresceu e floresceu
E com as flores vieram o fim do ciclo de duas gerações
Perdas irreparáveis
Deixando o mundo carregado, cinza
O que fazer?
Aguardar, só o tempo pode nos recuperar
É fato
Eis que surgem os frutos da quarta geração
Uma explosão de cores, tons, sons colorindo o mundo
E este mosaico de cores deu origem a um adulto feliz
Cada fruto tem seu sabor e sua cor
Chegou a hora de colher
Amor, esperança, carinho e fé
Ficou a saudade dos que partiram
Mas jamais serão esquecidos
São elos de uma corrente chamada amor
Amo meus frutos
E com gratidão reconheço a reciprocidade em cada gesto
No olhar, no abraço, na confiança e e na conversa fiada
De diferentes gerações que insistem em amar.
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