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(Aviso: Os textos em amarelo pertencem à categoria
Eróticos.)




sexta-feira, 26 de junho de 2009

Desconfiança - Imagem Enviada por Marcelo Ferla

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A intenção de postar imagens neste blog
é propiciar inspiração para textos referentes a elas.
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Fonte: Eclisse
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Drogas: a Opção Equivocada para Lidar com a Dor de Encarar a Si Mesmo - por Alba Vieira

As drogas são tão antigas quanto a humanidade, sendo usadas com fins religiosos na Antiguidade e nos ritos de passagem, em tribos primitivas, eram utilizadas certas substâncias que alteravam a consciência. Ópio, haxixe, cogumelos, LSD etc. se sucederam, ao longo do tempo, em várias sociedades.
Os problemas com drogas abarcam uma enorme variável, com relação à diversidade não só das substâncias utilizadas que causam efeitos deletérios no corpo e mente, mas ainda com respeito às suas consequências nos âmbitos pessoal, familiar, social, econômico, político e espiritual.
É um assunto extremamente complexo e polêmico.
As drogas mais usadas variam em cada sociedade e vêm mudando através do tempo. Há as drogas lícitas e as proibidas em cada contexto analisado.
O que existe em comum com relação a todas elas é a necessidade que o usuário tem de buscar alívio através da alteração da percepção da realidade, ou seja, fugir de algo que causa dor. Tanto as drogas usadas com efeito medicamentoso quanto as utilizadas para outros fins aí se encaixam (hipnóticos, psicoanalépticos, analgésicos, alucinógenos).
Em nosso meio destacam-se o álcool, tabaco e a cola de sapateiro como as mais usadas. Entre as mais devastadoras cresce o uso do crack, acompanhando cocaína, heroína, maconha, ecstasy e muitas outras.
A drogadição é uma doença e como tal deve ser encarada, sendo difíceis e bastante complexos a abordagem e o tratamento do dependente químico. É preciso tratar a família e o contexto social conjuntamente, para que haja a recuperação. A repressão, além de não resolver o problema com as drogas, ainda estimula o comércio que enriquece tantos com a destruição da vida de tantos mais.
Há um perfil de vulnerabilidade às drogas e ao álcool. A personalidade do dependente tem características específicas que incluem tendência à fantasia, baixa autoestima, isolamento, sensibilidade exagerada e insegurança. Geralmente se consideram estranhos a este mundo, não sabendo lidar com ele, com a dura realidade, tendo grande dificuldade nos relacionamentos de vários tipos.
Com esta predisposição, que já vem expressa na personalidade e pode ser detectada de várias maneiras, em momentos cruciais da vida, a pessoa pode se tornar adicta e trilhar um caminho desastroso com difícil reabilitação e tendência a recaídas. O tratamento deveria focar a reabilitação do ser, isto é, tratar o que está por trás do vício, o sofrimento profundo.
No que tange à Astrologia, uma abordagem dos dependentes químicos no sentido de detectar os pontos vulneráveis e promover o autoconhecimento permite que haja maior autoaceitação e elevação da autoestima com facilitação dos relacionamentos em vários âmbitos. Na análise do mapa natal de drogadictos são frequentemente encontrados aspectos difíceis dos planetas pessoais (Sol, Lua, Mercúrio, Marte, Vênus) com os transpessoais Urano, Netuno e Plutão, além de outras características importantes. O estudo de cada mapa com terapia focada no mesmo pode ser de grande ajuda no tratamento e reintegração social. É importante detectar as energias presentes naquele indivíduo e orientá-lo a direcioná-las de outras formas. A Astrologia pode ser, ainda, utilizada na prevenção, sendo feita uma análise prévia para evitar que determinado indivíduo torne-se vítima das drogas. Assim, por exemplo, uma pessoa com Netuno forte e mal aspectado no mapa natal, deve ser estimulada a direcionar esta energia talvez através da arte (música, pintura, cinema, teatro), evitando que utilize a tendência ao sonho e fantasia ou a vitimizar-se, buscando alívio no álcool ou nas drogas para seus problemas. Outra consideração que pode ser feita, principalmente em relação ao alcoolismo, uma vez que Netuno mostra tendência à dissolução do ego, é a possibilidade de possessão da pessoa predisposta por energias ávidas de saciar o desejo por álcool, que se concentram nas proximidades de bares, explicando a dificuldade desta pessoa para manter-se abstêmia fora de casa.
Através do incentivo ao autoconhecimento, os dependentes químicos serão encorajados a reconhecer seus pontos frágeis, aprendendo a lidar com eles e superá-los, desenvolvendo aos poucos maior capacidade de encarar a realidade ao invés de fugirem dela, tornando-se capazes de constituir relacionamentos mais satisfatórios.
O tratamento da drogadição não pode se limitar a combater o vício e tratar o corpo. A reabilitação, com reintegração à família e à sociedade passa pela cura da dor primordial, a fragilidade do ser.



Texto participante da blogagem coletiva “A Polêmica das Drogas, Hoje!”.
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Visitem Alba Vieira
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Trem Duelos Literários - por Clarice A.

Shintoni tem a concessão da linha
A Kalim mandou o trem
Colorido e florido
Bonito como convém
Ana, é coisa impossível
Despejá-la desse trem
Você é a maquinista mais antiga
E guia como ninguém
Nele somos passageiros
E já somos mais de cem
Contos, crônicas, biografias
Poesias, provérbios, haikais
Acrósticos, epitáfios, embates
E tudo na maior paz
Nosso trem não é um Orient Express
Mas feio também não faz
Tem música e Litercafé
Duélogos e charadas
Indicações de filmes e livros
Links, imagens postadas
Despertando ideias inspiradas
Nosso trem tem passageiros cativos
Alguns fazem baldeação
Vão para outros lugares
E retornam na próxima estação
E, traço comum a todos
Seu apreço às palavras
Através das quais expressam
Das mais variadas formas
O que querem partilhar
Observações, percepções, sentimentos
Alguns a alma a desnudar
E se quiser embarcar
Não faça cerimônia não
Trem Duelos Literários
Êta trem bão!



Referências: As Nossas Palavras VI, de Ana; Trem da Alegria, de Kalim Autuori.
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Corte Eterno - por Manassés Diego

Chato ou hino da tua glória

Um disco girando na natureza
.............Corpo
Alcançar o sangrento
Logo ser perfurado pela colina da visão
Ser lançado em pedaços e dizer “Estar chegando”

Dizia um monte de voz
No inferno livre ou crime

Sem nenhum interesse;

Ensina-nos teus corpos,
Transforma em feltro teu esperma

Viga, vigia tua cabeça
E nos livra dos cabelos

Come
Me come
Destila tuas fantasias e nos faz parir

Semblante e tragédia

Suspeita de nós que rimos aos poucos

Desiste de nós e nos encaixa numa fábrica.

Sobrevive aos créditos dos celulares

Queima,
E desfalece nossos órgãos

Tritura tua camada

substitui-nos por amantes

Joga uma iluminação na minha cara

Estabilizadores de alma, para não queimarmos
Com a eletricidade
Com a falta de voltagem do viver

Chove na sabotagem, mas na minha.

Quando acabou todos os desenhos que fiz no chão

Desesperadamente pendurado,
Furou

Rodelas piscando
E jantas

Câmeras da noite,
Da cidade dor

Alto, até que se pode ver através dos muros

Como empilhamento de dor
.................No estoque da Afrodite.
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17° colocado no Concurso Nacional Poesiarte 2009 - RJ
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Friedrich Nietzsche: o Livre-arbítrio não Existe - Citado por Penélope Charmosa

Contemplando uma cascata, acreditamos ver nas inúmeras ondulações, serpenteares, quebras de ondas, liberdade da vontade e capricho; mas tudo é necessidade, cada movimento pode ser calculado matematicamente. O mesmo acontece com as ações humanas; poder-se-ia calcular antecipadamente cada ação, caso se fosse onisciente, e, da mesma maneira, cada progresso do conhecimento, cada erro, cada maldade. O homem, agindo ele próprio, tem a ilusão, é verdade, do livre-arbítrio; se por um instante a roda do mundo parasse e houvesse uma inteligência calculadora onisciente para aproveitar essa pausa, ela poderia continuar a calcular o futuro de cada ser até aos tempos mais distantes e marcar cada rasto por onde essa roda a partir de então passaria. A ilusão sobre si mesmo do homem atuante, a convicção do seu livre-arbítrio, pertence igualmente a esse mecanismo, que é objeto de cálculo.



In “Humano, Demasiado Humano”.
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Reflexão - por Roger Amado

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Os homens são iguais, seus direitos é que não são respeitados.
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