Oba! Voltei com tudo!
Já me desfiz da mochila!
Soraya quer desafio!
Pra assistir à luta tem fila!
Num canto do ringue, ela,
Soraya, a Espadachim;
No outro eu, a Samurai,
Tranquilidade até o fim.
Mas, Soraya, tu nem vem
Com briga entre os Estados,
Que por aí eu não vou:
Nós vivemos lado a lado.
Porém digo pra constar:
Tenho sangue nordestino.
Peixeira na minha mão
Determina o teu destino.
Não brinca com isso não,
Que (com ou sem holofote)
Quem vem do Norte ou Nordeste
“É, antes de tudo, um forte”.
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Enquanto isso, no outro corner,
Tremendo e orando agachado,
Nosso Gandhi brasileiro,
Totalmente apavorado.
Foi ao Congresso, dançou,
Se esbaldou na polonesa,
Tirou foto, duelou,
Agora sumiu à francesa.
E Gio, eu te corrijo:
Já houve dois contra um
Aqui mesmo no Duelos.
Dos dois, não sobrou nenhum.
Fiquei eu, a Samurai,
Aguardando mais pelejas,
Até que vieram vocês
Desafiar a sertaneja.
Esclareço outra coisa,
Menino que se fez de pai:
Aqui já lutei vários rounds
E nunca, jamais disse um ai!
Garoto, eu tenho fibra!
Passou por mim, eu amasso.
Tanto que já fui chamada
De “mulher cruel do cangaço”.
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.
Eu encaro vocês dois
Só com a mão e uma pena.
Vão estatelar no chão,
Sair de maca da arena.
Então entrem logo no ringue
A espada e o estilingue:
O Homem-morcego dos pampas
E a Mulher-gato de Sampa.
Já apresentei minha arma
E todos são testemunhas.
Como é? Não vai começar?
Cansei de lixar as unhas...
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Mahatma Gandhi.