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(Aviso: Os textos em amarelo pertencem à categoria
Eróticos.)




domingo, 3 de agosto de 2014

Procura - por Marília Abduani


O que buscas tão longe
se o que precisas está justamente
dentro de ti?
Por que choras tão alto
quando o silêncio
embala melhor o grito.
A dor é silenciosa. Ninguém precisa ouvir.
O que esperas da vida?
Constante primavera?
Outono? Verão?
O frio também aquece
quando vem, em forma de prece,
direto do coração

 

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Saudosismo I - por Jeff Oliveira


Eita Saudade de tomar de banho de chuva.
Ficar embaixo da “biqueira”, fazendo tudo, fazendo nada.
De manhã, de madrugada, com a simplicidade do poeta.
Criança não quer saber de câmbio, inflação ou superávit.
Criança quer o pirulito e cabou-se. Quer jogar de bola na rua e ponto final.
Quer e mais nada. Mais nada. Num querer acanhado, livre, sorridente,
vazio de responsabilidades, um querer que é só um querer.

Já falava o poeta: “Simplicidade é querer uma coisa só”.
A criança sabe muito bem o que é isso.

Que tempos bons aqueles onde se jogava bila até bem tarde.
“Homem-pega-mulher”, “Carimba” e “7 pecados”.
A hora de entrar era boa não.
“Mãiêêê, só mais um poquinho, só mais um pouquinho” - Pedíamos quase chorando.
“Mais um pouquinho? Você já ta dizendo isso faz meia-hora.  Bora, pode entrar Seu Fulano. Pode entrar Dona Beltrana” - Berravam nossas mães.  Muitas vezes em frente aos nossos amigos.  (Acaso os pais não sabem que isso não se faz?)
Aí a festa se acabava. Mas no outro dia tinha mais. Sem preocupações. Aliás, o pesadelo talvez fosse ter que estudar, ir ao colégio.
O que é pesadelo pra nós hoje?
Éramos felizes. Desconhecíamos essa nossa condição.
Eita saudade. Eita saudade.

 
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Rubem Alves.