Raquel, sua cara de pau,
Vê se não finge de santa
E deixa de fazer média:
Aqui não é blog de anta.
No maior caradurismo,
só responde a quem opina
se fazendo de santinha:
“sou de paz”, “não quero briga”.
Todo mundo já entende
Seu fingimento escrachado:
Diz que não quer duelar,
Mas vive descendo o machado.
Ser amiga uma pinóia!
Eu não quero teu abraço!
Propõe amizade e me chama
De mulher cruel do cangaço!
Qual que é, Maria Bonita?
Eu não caio nessa não!
E vê se não dorme no escuro,
Vê se acende o lampião
Pra ter sempre luz por perto
Pra chamar a inspiração
Que no teu caso, minha filha,
Não te visita muito não.
E eu não fujo a galope,
Eu não saio de fininho,
Tô sempre aqui e a postos
Dedilhando meus versinhos
Que aguentam qualquer duelo,
Que mostram, sem hesitar,
Poderosos argumentos
Sempre a te desmascarar.
Que mané harakiri!
Quem falou em suicídio?
Tu que deve pensar nisso,
Pois não entende do ofício
De juntar bem as letrinhas
De uma forma original...
Diz que dá o melhor de si,
Mas vive se dando mal.
A Alba só propôs paz
Pra aliviar o teu lado,
Pois viu que tu tá perdendo
O fio e o rebolado.
E eu não vou parar mesmo
De responder a você
Até que tu bata na lona
Três vezes pro povo ver.
E isso não vai demorar,
Ou meu nome não é Ana,
Xavante, sou alma rica
De letras na zarabatana.
E agradeço de montão
À nobre Escrevinhadora:
Chamou este embate de lenda!
Como é legal esta escritora!
Someday I’ll Love Ocean Vuong / Um dia amarei Ocean Vuong [Ocean Vuong]
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*Beautiful photomechanical prints of Lotus Flowers (1887–1897) by Ogawa
Kazumasa.*
Ocean, não tenha medo.
O fim da estrada é tão distante
que ela já ...