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(Aviso: Os textos em amarelo pertencem à categoria
Eróticos.)




sábado, 15 de agosto de 2009

Prá Gio II - por Ana

Como Gio pediu arrego (é verdade!)
Ao final do último verso amigável,
Proponho desafio novo (que maldade!)
Ao qual ele pode responder: “Desagradável...”:
Como criamos também coisas independentes,
Imagino que as possamos aproveitar,
Deixando as agressões noutras vertentes.
Assim é modo novo de duelar.
Declaro, desta forma, minha intenção,
Enquanto plagio seu acróstico, pós-rendição.



Inspirado em As Nossas Palavras XVI: Acróstico I, de Gio.
Referência a Aos Guerreiros, o Descanso!, de Gio.
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Ponto de Vista a Dois - por Gio

(Paródia de “Pontos de Vista / 2”, de Eduardo Galeano)



Do ponto de vista do Duelista do Sul, o destino da Duelista do Norte é o inferno.

Do ponto de vista de uma minhoca, uma luta com a Duelista do Norte é vitória certa.

Onde os Samurais veem um plágio, os Monges não entenderam nada (Quem começou com as paródias?).

Do ponto de vista de Hipócrates, Galeno, Maimônides e Paracelso, nome bonito era “Platão” mesmo, o único que (quase) se escapava.

Do ponto de vista de seus vizinhos no Duelos, a Ana, que ostentava o título de “osso duro de roer”, e bradava aos quatro ventos que nunca gritou um “ai”, era uma mulher admirável:

- A Ana nunca tem medo - diziam.

Ela não dizia nada. Medo ela tinha, o que não tinha era argumento.
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Visitem Gio
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Selo do Mundo Darkness - Recebido de Dan

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O Duelos Literários, honradíssimo, recebeu mais um selo.
Desta vez, foi o selo Vale a pena acompanhar este blog!, das mãos do nosso amigo Dan.
Hoje o selo é publicado aqui, com um enorme agradecimento ao nosso autor que, efetivamente,
fez por merecê-lo, pois possui um blog extremamente criativo,
no qual podemos encontrar um Pouco de Tudo.
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Devo responder a algumas perguntas:
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Por que resolveu criar um blog?
Tudo começou porque minha sobrinha precisava treinar redação para o vestibular e não estava muito motivada para isso. Propus então a ela que escolhêssemos temas, escrevêssemos sobre eles e depois veríamos como podíamos ter ideias diferentes a respeito de cada um. A falta de motivação permaneceu. Então resolvi criar um blog para que fizéssemos isso pela internet, de forma independente. Surgiu o Duelos Literários. Pessoas conhecidas tomaram conhecimento do blog, começaram a participar e passaram a divulgá-lo. Os acessos foram aumentando, eu passei a divulgá-lo também e ele se tornou o que é hoje, graças à maravilhosa participação de todos vocês. A minha sobrinha? Até hoje não escreveu uma linha.
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O que te dá mais prazer blogar?
Obviamente, estes textos maravilhosos que me são enviados.
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Qual o assunto que você mais gosta de postar?
Todos os assuntos que me chegam.
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Por que escolheu esse nome para o blog?
Escolhi Duelos Literários porque a ideia principal era evidenciar as diferentes formas de abordagens dos mais variados temas e, de forma metafórica, visões muito diferentes poderiam parecer um duelo. Além do que considerei este nome significativo e sonoro.
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Você costuma visitar outros blogs?
Diariamente. Visito não só os blogs de todas as pessoas que tiveram textos publicados naquele dia, como outros blogs que considero interessantes e que surgem no caminho destas minhas visitas.
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Creio que devo indicar seis blogs. Aqui estão:
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DAS
Você, como eu, acha que se conhece um pouco das pessoas sabendo o que elas veem, ouvem ou leem?
Então entra aqui...
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DUANNY
Surteei!
Sou só alguém cujas letras envenenam as mais puras almas, alguém que vive em uma ilusão solitária de um mundo patético. Sou assim, falo alto e falo a verdade, e me esqueço de me preocupar com o que pensam disso tudo.
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LEANDRO M. DE OLIVEIRA
Soturna Primavera
Blog em que Leandro publica seus magníficos textos e poesias.
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MANHOSA
Manhosa LobaVirtual
Aqui não tem palco... Quem manda é o coração... Só se fala a verdade...
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MARI AMORIM
Mari Amorim Brincando com a Rima
“Na luta contra a Realidade, o homem tem apenas uma arma: a imaginação.” (Theophile Gautier)
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MELLON
Friday, I’m in Love
Blog em que Mellon registra suas vivências e visão da vida.
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Parece que as regras são estas:
1. Postar o selo.
2. Colocar no seu post o nome do blog que te indicou ao prêmio (no caso aqui: Duelos Literários, de shintoni).
3. Escrever uma mensagem de agradecimento ao blogueiro que te indicou.
4. Abaixo do selo responder às perguntas.
5. Indicar 6 blogs para receberem o selo.
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As Nossas Palavras XVII - por Gio

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Desde que o homus modernus ficou preguiçoso, deveríamos ter passado a usar o trampolim para nos atirarmos no sofá.



Visitem Gio
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Incompetência: Regra ou Exceção? - por Alba Vieira

Estou assustada com o que venho observando há alguns anos: a hegemonia da incompetência. E o que é mais grave é que ela é vista como natural. O incompetente de hoje se apresenta de cara lavada, nem tem o cuidado de disfarçar. Aliás, nem é preciso, porque como ultimamente o despreparo grassa, ele certamente estará protegido entre iguais.
Com todos os prejuízos advindos dessa situação para aqueles que trabalham, estudam e se apresentam na vida de forma satisfatória, com o mínimo da competência necessária para atuarem no setor em que exercem suas atividades, é importante que se chame atenção para este fenômeno que domina nosso país.
Em vários locais podemos identificar esta espécie de mal com certa facilidade, seja nas escolas, empresas privadas, estabelecimentos públicos (aí então é facílimo) etc. E o que dizer quando as empresas terceirizam seus serviços e acabamos recebendo em nossas casas pessoas quase completamente despreparadas para executar serviços oferecidos pelo contratado, mas que só têm prática numa ínfima parte do mecanismo. E o que vemos é um atendimento de péssima qualidade, com defeitos frequentes, já que a base não é consertada, resolvendo o técnico apenas o defeito do momento. E se as visitas se sucedem, a cada vez com um funcionário diferente, se perguntamos a algum deles o que está acontecendo com aquele sistema, ele descaradamente nos fala que não faz a menor ideia, que fez a parte dele e sobre o resto não tem responsabilidade. Como é possível conviver com isto? E como as pessoas que trabalham em empresas assim (como as de telefonia e informática) conseguem exercer suas atividades dessa forma, tão compartimentada e aleatória? É o retrato da incompetência e nenhum deles se espanta se é questionado (e até se irrita com isso) e não quer mesmo ter a consciência daquilo em que se transformou o seu trabalho.
É fato incontestável que hoje, muita gente se habilita a prestar determinado serviço sem possuir as condições mínimas para tal, sem preparo técnico, intelectual ou prático. Como confiar nos serviços contratados? É evidente que qualquer profissional deve ter seu serviço avaliado e, se deixa a desejar, deve ser substituído. Mas, o que é grave em determinadas áreas é que não há escolha. Contam-se nos dedos os profissionais competentes.
Na minha área, infelizmente, o que se vê é a mesma situação. Os serviços de saúde prometem, mas na realidade, por trás dos bastidores, acontecem barbaridades. Sempre houve isso, é certo. Só que agora a frequência está calamitosa. E o pior é que se em determinado local há pessoas criteriosas, responsáveis, de boa formação profissional, essas é que agora são discriminadas, como se estivessem fora da realidade. O trabalho porco, o ir levando, o descompromisso virou a regra. É claro que há exceções, mas são a cada dia mais raras.
Entretanto, não podemos desanimar, porque o ponto crítico já chegou, já estamos no fundo do poço. Então, agora só resta subir. Aguardemos, pois, a reviravolta, esperançosos.



Visitem Alba Vieira
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Não Desvieis os Vossos Olhos - por Esther Rogessi

Muitas das vezes nos chocamos com textos, fatos e fotos que surgem à nossa frente. Saiba que a tela mais horrível de se ver é a que Deus assiste a cada segundo, sem desviar os seus olhos!... Como orar pelo que desconhecemos? Interceder verdadeiramente por algo que nos negamos a enxergar? Oração é a junção do orar e agir. Não desviemos a nossa atenção sobre fatos, que por mais que nos pareçam cruéis, são reais. Queremos privar os nossos olhos e corações de ver e conhecer a dura realidade que a vida oferece a muitos - no caso ora em questão, a pedofilia - e que, infelizmente a sociedade, o sistema fingem se importar, algumas das vezes... Porém, se a preocupação e o desejo de exterminar o mal existissem de fato, haveria determinação e competência no gerar e executar leis que fossem de encontro aos abusos e práticas pervertidas, tal qual, a “pedofilia”. Muitos não fazem ideia da tamanha crueldade existente no ato. A pedofilia é uma máquina de moer carne inocente e fraca! No início do mês, tivemos no nosso estado - Pernambuco - um caso de “abuso sexual” a um menor, no qual o padre Josean Dantas Rolim, 51 anos, foi flagrado e preso, no terminal integrado de passageiros do Recife, beijando um garoto de 14 anos de idade. O mesmo relatou que, por estar vestindo uma camisa de um time do qual o padre disse ser torcedor, o referido padre aproximou-se pedindo para tirar uma foto com o garoto. Em seguida, mandou que o garoto o acompanhasse ao banheiro – pensei que ele estivesse armado, disse o adolescente em depoimento à delegada Lúcia de Fátima Oliveira. O referido e dito religioso, em seu depoimento, confessou ter mostrado o seu genital ao menino, vindo, a seguir, beijar o garoto. O mais revoltante é que as autoridades eclesiásticas defenderam o dito cujo e, por defesa, foi alegado, por seu advogado, ser o mesmo portador de “problemas psicológicos”, não podendo responder pelos seus atos; assim sendo, foi transferido na noite do domingo para o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP) em Itamaracá. Segundo os oficiais de plantão, o dito padre é de Petrópolis – Rio de Janeiro – e se encontra no Recife a passeio. Para o clero, Perversão moral se transvestiu de loucura... Com direito a imunização.



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Uma Abordagem Acerca da Angústia Humana à Luz de Kierkegaard (Para a Menina Triste) - por Leandro M. de Oliveira

De maneira geral, pode se dizer que na vida há três caminhos ou sendas que o indivíduo acaba escolhendo de maneira mais ou menos espontânea, de acordo com predileções particulares de cada qual; dentro dessas há uma série de subdivisões que serão descobertas a partir do sujeito em si. As três grandes vertentes são: a Estética, a ética e a religiosa.
A primeira diz respeito ao homem comprometido com o prazer da vida, com o gozo de cada momento, é a caricatura tradicional do assim chamado irresponsável, do playboy; já a vida no sentido ético, vem nos falar do tradicional pai de família, de um ser humano maquinalmente comprometido com as suas “obrigações”, trabalho, crença na sociedade etc.; a última concepção de agir, a ação religiosa, vem inevitavelmente de encontro ao sentimento de impotência do homem ante a vastidão do mundo, o indivíduo religioso é alguém essencialmente desacreditado, ele busca uma realidade sobrenatural, tentando conceber a origem e o motivo das coisas.
A grande questão, entretanto, não é ter conhecimento dos comportamentos, mas sim ter ciência do ponto de partida para a ocorrência desses estereótipos. É necessário entender, a priori de qualquer reflexão, que o homem antes de ser envolvido em todo o arcabouço de valores sociais, tradicionais ou não, é ele um ser livre por excelência. E uma vez que se defronta com a realidade (artificial) do senso comum, ele (o homem) se sente acuado, nessa condição de pasmo com o próprio “eu”, se vê entregue. Ora pela falta de autocrença, ora pela crença exacerbada em verdades alheias o ser se coloca em uma subcondição de não governo e cria fugas diversas, pela projeção de uma imagem de potência (ideal estético), pela projeção de uma imagem de retidão (ideal ético) ou pela justificação de si numa sofismática transcendente (ideal religioso), mas por mais escravo que esteja, por mais esquecido de si, no coração do homem, no recanto mais sombrio, existe um vulcão latente (a essência de cada um) que se não se permitir caminho para a vazão de sua lava quando chega a erupção ela será apenas o seu próprio produtor.
Homem se vê posto na linha de tiro entre o ser e o dever, a razão e o desejo, o teatro e a vida... É mister lembrar que só se vive uma vez e a vida é curta demais! Vença-se a si mesmo e depois disso não haverá mais adversários. Um velho mestre disse uma vez: “O HOMEM É UM DEUS ENFAIXADO!” Retirem-se as Faixas e busque-se a verdade de cada um.



PS: Dedicado a você que me confiou os seus segredos...
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Soren Kierkegaard.

Tim Kretschmer, o Atirador - por Ninguém Envolvente

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Todo o meu ódio não pode ser medido
Eu não serei afogado por seus atos incosequentes.
Agora você pode tentar me puxar para baixo
Me jogar no chão. Eu verei você gritando.
Porque você está tentando fazer graça comigo?
Você acha isso engraçado?
Que porra é essa que você acha que está fazendo comigo?
Eu quero te matar e te violentar da mesma maneira que você me violentou
Eu puxarei o gatilho
E você já era, já era, já era

.(Trecho da música “Thoughtless” da banda Korn,
que seria sobre um garoto que é sacaneado durante o período escolar e um dia se revolta.)
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Tim Kretschmer vítima ou vilão? Depende. Até que ponto pode-se suportar uma vida vazia e humilhações que vêm de todas as partes e de até mesmo pessoas que você admira?
Não é fácil lidar com o assombro de achar que não se sabe como viver e Tim estava assim, não sabia o motivo de estar aqui se a vida dele não era uma coisa que ele pudesse achar digna e ficou farto. Farto da felicidade alheia, farto de ser infeliz e farto deste sistema humano infeliz e hipócrita.
Mas teria ele o direito de romper a felicidade que os outros tinham? Porque Tim não canalizou seu ódio em algo produtivo como a música ou um esporte? Porque Tim não arrumou uma namorada para entender o que era amar e, por tabela, ser feliz? Ele pensou que não seria capaz.
A vida toda disseram que ele era um lixo e ele passou a se sentir como tal, ele foi vítima de uma sociedade que exclui pessoas intimistas, inteligentes e melhores que elas mesmas. Tim possuia um grande potencial e os outros sabiam, mas ninguém o deixava perceber o quanto ele era importante.
Nem todas as pessoas sabem lidar com a pressão de ser quem é.
Agora ele não passa de um NADA que matou mais de 15 pobres vidinhas felizes e nem sequer teve a chance de poder dizer o que ele sentia e o porquê tamanho ódio. O fato é que ele matou e está morto e nada vai mudar isto.
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(Post publicado, originalmente, em 14/03/2009.)
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Bruna Lombardi, “Como Se Fosse” - Citada por Penélope Charmosa

Nessa memória essa ela era eu
e não tinha luz de vela,
mas só muito depois (quantos anos?)
é que escureceu.

Foi então que eu soube de você menino
curto calção
e das histórias de assombração
que você aprendeu primeiro.

E eu te contava do medo
do escuro e do silêncio
que eu não perdi, acredite.

A gente ia pro moinho
escondido no meio do mato
e era você quem falava
você que tudo sabia
você que até já tinha
visto um javali

e era eu quem fugia dos bichos
e hoje continuo fugindo
de outros mais graves, mais feios
que me habitam.
E não há faca, espingarda
pedra ou caco de vidro
e nem grito nem veneno
que afugente essa ausência
ou que essa solidão tema.

E você era o valente
montava cavalo em pêlo
nadava na correnteza
desbravava mato cerrado
e de noite então, ia sozinho...

e me chamava gritando
do cimo do morro mais alto
.......e eu subindo devagar
.......(hoje eu desço)
desço à rua em movimento
e é sempre a mesma estúpida vertigem
fantasmas de pedestres em todos os sentidos
uma duplificância de ruídos demais
uma impressão de coisa já vivida
e é sempre o mesmo medo
de me expor, a mesma desproteção
sob a geometria caótica da rua.

E eu tentava imitar você
tentava tanto ser.
Mas você era dessas almas fortes
que circulavam livremente
e eu tentava... mas como?
de que jeito?
era como mudar a natureza
e a natureza já estava lá quando chegamos.

Com o facão de um só golpe
você cortava a cana
enquanto eu imaginava
num acidente tolo
o facão me desventrando
e tripas, sangue e cana misturados
com terra e roupa suja
e o meu chapéu de palha atirado longe
e o sol ardendo muito. O mesmo sol.

Depois você me ensinou a contar mentira
e eu fui aprendendo com grande habilidade
e desde então tenho me mentido muito.



In “No Ritmo Dessa Festa”.
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Nada - por Poty

Não dou nada
Não faço nada
Nada não faço
Não faz nada

Ando no nada,
Ando sem nada...
No nada eu fico

Nado no nada...
Nada nadando
Fico nadando

Fico sem nada
Não quero nada

O nada não é solução...
Nada é o vácuo sem animação.

Eu não tenho nada,
Mas o nada está em mim...

O nada toma conta de mim
De mim ele toma conta e me decepciona...

Vislumbro o nada no horizonte



Visitem Poty
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