O troço ficou esquisito...
Você vai lutar de monge?
Qual é a tua, guri,
Que na vestimenta se esconde?
Será que é monge budista?
Ou será beneditino?
Mas, ocidente ou oriente,
Cometeu um desatino
Ao escolher personagem
Que (qualquer que seja a crença)
Usa aparato impróprio.
Assim não há mortal que vença!
Melhor pra mim, obviamente.
Vou me dar bem rapidinho!
Você tropeça na saia,
Te removo do caminho:
Preparo o ataque fatal
Te tiro logo de cena.
Com apenas um golpe certeiro
Te mando pro Éden sem pena.
Pois sou Samurai, não sou rato,
Apesar do que foi dito
Por você naqueles versos.
Olho no olho é como fito
Ao explicar a relevância
De minhas palavras boas.
Se elogio o adversário,
Podes crer, não é à toa.
O Samurai que se preza
Honra o seu inimigo.
Exalta-lhe as qualidades,
Não olha seu próprio umbigo.
É uma questão de valor
Que, vejo, você desconhece.
Daí penso que um embate
Comigo, você não merece.
Mas em respeito à plateia,
Permaneço no duelo.
E tenha certeza, Gio:
Eu encaro e não amarelo.
Já mostrei as minhas armas,
Já saudei o oponente,
Daqui pra frente só luta,
E já começo convincente:
Te ofertei Opereta,
Mas não vou te dar prestígio,
Porque tu não é páreo pra mim:
É só o menino prodí
gio...
Além disso, fala sério!,
Você, no duelo, só se entala:
Porque tu pode ser monge,
Mas não é à prova de bala!