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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Dúbio - por Leo Santos

Há uma criança
que insiste em ter esperança;
enfrentando um varão sisudo,
que teima em duvidar de tudo.

Um perverso que cobiça,
olhando a seara alheia;
e um santo que, no entanto,
a meta da virtude, anseia.

Um gladiador que chuta o balde,
forte, a tudo enfrenta;
e um timorato que estremece,
quando o tempo esquenta.

Um animal pelejando ávido,
na sina de predador;
e um anjo lutando,
pra fazer do espírito, vencedor.

Habitantes da mesma casa,
cujos aposentos, conhecem de cor;
um Arquiteto olhando interessado,
torcendo, que vença o melhor…
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Visitem Leo Santos
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Hermógenes e a Normalidade - Citado por Alba Vieira

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Aí está a normalidade que recuso ser.
Aí está a massificação que não aceito para poder ser aceito.
Aí está um mundo normal no qual prefiro, mesmo em troca de sofrimento, conservar-me anormal.
Aí estão as compensações, vitórias, seguranças que não busco... para, desse modo, poder continuar fora do rebanho.
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Toc, Toc... - (Anônimo)

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Se eu te der um toc, toc...
tua cuca faz t...“oca”,t... “oca”...
Vive a lamentar, como pode?
Sempre faz prancha e touca.
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O Camaleão Detetive - por Leila Dohoczki

O detetive da floresta
Recebeu um chamado intrigante
Quem foi que deu um nó
Na tromba do elefante?

Foi logo falar com Honório
Que falava meio esquisito
E mesmo com um nó na tromba
Ainda espantava os mosquitos.

- Ajude-me camaleão!
Descubra quem fez isso comigo!

- Não estou certo se consigo
É um caso muito difícil
Mas como se trata de um amigo...

O elefante agoniado
Com aquele nó apertado
Foi até a clareira
Procurar o doutor macaco.

Enquanto isso, na pedra do igarapé
O camaleão planejava
Como seria a investigação.
Muito esperto, como sempre
Logo encontrou a solução.
- Acho que vai dar pé!
Foi depressa se esconder
Bem antes do anoitecer
Lá na casa do elefante.

Ninguém o viu chegar
Ficou verde, ficou rajado
Ficou até todo listrado
Ele é mestre em se disfarçar.

Ficou lá, vigiando
O sono do elefante
Enquanto a floresta dormia
Sob a lua cheia brilhante.

Lá pelas tantas da madrugada
Ouviu-se um som assustador
Ninguém mais na floresta dormia
Somente o elefante roncador.

O camaleão ria
Daquela situação
Ele roncava tanto
Que tremia até o chão!

Foi então que apareceu
Esgueirando-se pelas árvores
O macaco Pepeu
Junto com algumas aves.

Pepeu pegou a tromba
E num instante fez um nó
Enquanto as aves vigiavam
Se eles estavam sós.

Saíram rápido
Nem olharam para trás
Tudo ficou em silêncio
Todos dormiram em paz.

Na manhã seguinte
O nó estava lá, na tromba do elefante
Que chorava e reclamava
Com o camaleão pedante.

- Você ronca demais Honório!
Roncador de primeira linha
Ninguém dorme na floresta
Nem mesmo uma formiguinha.

Tens que procurar um remédio
Um jeito, uma solução
Ou deixar o nó na tromba
Para acabar a roncação.

- Ah! Então é isso?
O nó era pra eu parar de roncar?
Disse o elefante conciso
E eles riram sem parar.

Daquele dia em diante
Não se ouviu mais o elefante roncar
Ele dormia com a tromba enrolada
Na hora de descansar.

Pepeu e os passarinhos
Foram se desculpar
Gostavam do elefante
E o tinham em alta estima
Assim a paz voltou a reinar.

E o camaleão altivo dizia
Trocando de cor a cada palavra
- Um viva para o camaleão detetive!
Todos gritaram:
- Viva! Viva! Viva!
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