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domingo, 20 de junho de 2021

O que NÃO TE FALARAM sobre AUTOCONHECIMENTO?

 

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O que é Autoconhecimento para você? Se sua resposta foi “é conhecer a si mesma” ou alguma variação disso, parabéns! Sua resposta foi igual a pelo menos 90% das pessoas.

E não pense que só por isso a resposta está errada. Autoconhecimento é isso mesmo: conhecer a si mesma, reconhecer qualidades e defeitos, compreender “quem eu sou”.

Autoconhecimento é uma expressão usada na psicologia para descrever as informações que uma pessoa tem ao descobrir a resposta para o tal do “quem sou eu?”. A habilidade de conhecer a si mesma é uma das mais importantes para o desenvolvimento pessoal em todas as áreas da vida.

Até aí, tudo bem. O problema é que existe hoje em dia uma ideia deturpada e genérica sendo difundida sobre autoconhecimento que merece nossa atenção.

O autoconhecimento tem a ver com sua essência como ser humano. Você reconhece os seus defeitos, qualidades, medos, talentos, crença e inclinações? Saberia dizer que sem pensar muito o que te motiva, te faz feliz e o que te da coragem para viver?

Ter autoconhecimento é saber os aspectos que precisam ser melhorados, potencializados e eu não discordo de nada disso, mas vamos ser realistas e ir um pouquinho mais a fundo aqui?

Esse discurso todo de “buscar um propósito”, “entender nossa missão” e tal... É muito bonito, mas esse monte de reflexões abstratas NÃO NOS DÁ RESPOSTAS! Na verdade, a tendência desse “autoconhecimento” é nos frustrar, porque parece que todo mundo consegue atingir ele, menos você.

Nós precisamos de autoconhecimento para traçar metas, objetivos, distinguir pessoas e situações. É legal a gente ter um propósito, praticar gratidão, fazer reflexões. Inclusive, recomendo essas práticas aos meus pacientes, mas acontece que isso sozinho não te da direção alguma sobre quem você é!

É legal reconhecer nossas qualidades, defeitos e outras características? É importante eu saber que eu gosto de corrida, que prefiro sorvete de flocos, mas pode ser de creme e que sorvete de chocolate nem é tão bom assim? Sim. É importante! Mas não é aí que está a verdadeira “chave do autoconhecimento” que tanto falam na internet.

Vamos entender logo de uma vez? Eu não sou estática, você também não, e o autoconhecimento, MENOS AINDA!

Você é uma AÇÃO! Isso mesmo: uma ação. Como assim? Você é o que escolhe FAZER. Não entendeu? Segue aqui...

Você descobriu seus gostos e preferências EXPERIMENTANDO! Sem agir no mundo, fica bem difícil saber o que realmente importa para nós. Autoconhecimento é movimento. É o processo de arregaçar as mangas e pôr em prática!

Uma das características principais do autoconhecimento é a possibilidade de você se enxergar de fato. É ter clareza sobre seus comportamentos e emoções diante das situações. E como a gente pode chegar lá? Testando, fazendo, experimentando. Não dá para saber se rúcula é bom ou ruim se eu não comer, não é?

E é justamente por isso que pessoas com pouco autoconhecimento podem ser incapazes de lidar com algumas situações e pessoas. Geralmente elas têm os níveis de estresse e ansiedade bem elevados e não possuem discernimento para promover comportamentos que façam bem para si mesmas ou para os outros.

O entendimento maior que precisamos ter sobre autoconhecimento é que ele exige PRÁTICA CONSTANTE de análises e reflexões, mas precisa de AÇÃO para ser concreta.


E sabe qual é a parte mais difícil do autoconhecimento? Admitir que tudo, ABSOLUTAMENTE TUDO que acontece com você na vida adulta, é sua responsabilidade.


Ahh, mas isso não exclui a responsabilidade dos outros, tá? Só quero dizer que você deve FOCAR NA SUA RESPONSABILIDADE, porque é sobre ela que você tem controle 😉.

DICAS PRÁTICAS PARA TER MAIS AUTOCONHECIMENTO

AMADURECER não tem a ver com assumir responsabilidades práticas do dia-a-dia, isso se chama HABILIDADE.

1) ENTENDA O QUE É MATURIDADE:
Entenda que problemas e dificuldades não te fazem madura. Não importa quantos você teve! Sua “criança ferida” precisou sobreviver, mas isso não é sinal de maturidade.

2) APRENDA A SE RESPONSABILIZAR:
Entenda que a dor infantil te move na vida adulta, mas que cabe a VOCÊ decidir o que fazer com ela e bancar as suas escolhas. Adultos precisam se responsabilizar.

3) QUESTIONE SUAS ÁREAS DA VIDA:
Questione suas áreas da vida e veja qual precisa de um amadurecimento urgente. A partir daqui, dê o primeiro passo. Você é uma AÇÃO! Não se esqueça disso.

4) ESCREVA E AVALIE:
Experimente escrever os seus pensamentos e emoções, e avalia-los com o tempo. Seja sincera! Tente se lembrar que você está buscando o “eu sou...” e não o “eu deveria ser...”

5) FAÇA TERAPIA:
Psicoterapia é um dos melhores investimentos para ter autoconhecimento e assumir o protagonismo da sua vida. Já pensou em tentar? Pode ser o começo de uma vida nova.


Não espere o dia perfeito, o grande momento, o par ideal... Faça o que é possível ser feito agora! Comece a agir no mundo. Desde que não traga grandes prejuízos para si e para os outros, é errando que se aprende.

Assuma sua vida adulta com maturidade. Enquanto esse movimento não acontecer dentro de você, terá sempre uma criança ferida comandando seus padrões de comportamento.

Amadurecer é um processo que demanda direção e disposição. Você está disposto?


sexta-feira, 11 de junho de 2021

A pandemia tem alterado seu nível de ESTRESSE?

 


Vamos mudar de assunto sem necessariamente mudar de assunto? Alterei um pouquinho a minha programação para falar de uma questão muito importante: o estresse.

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Você sabe o que de fato é ele, quais os seus riscos e seus benefícios? Segue aqui comigo que esse assunto é muito importante e vai iniciar uma série e outros temas.

Mas antes, me responda rapidinho... Como tem andado o seu nível de estresse em meio a pandemia, crise econômica, política e toda essa bagunça atual? Já falamos por aqui como mudanças repentinas e de imprevisibilidade podem ser adoecedores, não é?

Antes de seguir, precisamos saber direitinho o que significa “estresse”, não é mesmo? Ele é um conjunto de sintomas que aparecem por conta do excesso de pensamentos, questionamentos e projeções.

A primeira e mais genérica definição de estresse foi proposta por um cara chamada Hans Selye que diz o seguinte: “o estresse e a resposta não específica do corpo a qualquer demanda”.

Dentro das ciências comportamentais, o estresse é considerado “a percepção de ameaça, com consequente desconforto, ansiedade, tensão emocional e dificuldade de adaptação”.

Traduzindo isso tudo: o estresse é a forma como o corpo responde a qualquer mudança.

É bem importante saber que nem todo estresse é prejudicial e que ele faz parte dos mecanismos de defesa do nosso corpo.

A resposta ao estresse pode ser extremamente útil em momentos de perigo físico ou para quando precisamos realizar tarefas urgentes.

Sabia, por exemplo, que até certo nível ele aumenta nossa performance física e mental? E que a falta de estresse gera tédio?

Então... O problema só aparece mesmo quando ele continua aumentado por muito tempo, pois vai fazer nossa eficiência e desempenho declinarem.

Se quiser saber mais sobre níveis de estresse, procure por uma coisa chamada “lei de Yerkes-Dodson”.

Falando de questões um pouco mais físicas, estresse quando crônico, vai atuar por 3 vias: caminho neuroendócrino, processos inflamatórios e processos autonômicos.

Na prática, o que isso quer dizer? O estresse crônico aumenta o risco de obesidade, o acúmulo de gordura, tem efeito na sensibilidade da insulina (risco ou descontrole de diabetes), causa envelhecimento precoce e eleva os riscos de hipertensão.

Além disso, ele é o principal gatilho para vários transtornos mentais, como depressão e ansiedade.

Estudos preliminares mostram que durante a pandemia os números de depressão, insônia e transtornos de ansiedade cresceram de forma alarmante no Brasil.

O motivo para isso? Os fatores de risco ficaram mais acentuadosos fatores de proteção diminuíram e a população de forma geral está mais estressada por um período de tempo contínuo.

E o que dá para fazer para melhorar isso? Bom... Não existe uma formula mágica, mas para manejo do estresse é importante manter o mínimo de uma rotina saudável:

  • Ter horário para dormir e acordar;
  • Planejar a semana ou o dia com as tarefas importantes;
  • Ter pausas e descansos programados;
  • Praticar algum tipo de atividade física;
  • Manter uma alimentação saudável e o mais balanceada possível;

E claro, fazer terapia se não tiver dando conta sozinha... Já pensou sobre isso?




QUAIS OS TRANSTORNOS MAIS FREQUENTES RELACIONADOS AO ESTRESSE?


1) Transtorno de ajustamento:
Prejuízos em várias áreas da vida com sofrimento desproporcional ao evento que desencadeou o quadro. O quadro aparece até três meses após o estressor e é diferente dos quadros que vem a seguir.

2) Transtorno de estresse agudo:
Estado de “transe”, sentimento de confusão, tristeza, ansiedade, raiva, desespero, hiperatividade, “paralização” e prejuízos executivos. Surge de horas até 3 dias do evento estressante. Deve diminuir dentro de uma a quatro semanas.

3) Transtorno de estresse pós-traumático:
Parece com os anteriores, mas traz prejuízo maiores, mais duradouros e não passa sem um tratamento adequado. Vem acompanhado de pesadelos, flashbacks, culpa, crenças muito negativas, Hipervigilância.

4) Síndrome de Burnout:
É caracterizado pelo estresses que não foi bem gerenciado em relação ao trabalho. Vem com falta de energia, sentimentos de negatividade ou cinismo relacionado ao trabalho e redução da eficácia profissional.

Além disso, a insônia e o transtorno por uso de substâncias (álcool, cigarro e outras drogas), também tem mais chances de acontecer ou são potencializados diante do estresse crônico.

Quer saber mais específico sobre algum desses temas? Se identificou com alguns desses níveis de estresse? Mande uma mensagem 😉