Tudo o que eu não sei me pesa,
me afronta, não basta.
Queria eu não saber mais coisas.
Quisera eu vasculhar baús,
revolver mistérios.
Atrair tons sérios de cores neutras.
Quisera noutras vasculhar os cérebros.
Os mais célebres, por certo,
ou os mais por perto.
Quisera eu perturbar espíritos,
vislumbrar auras,
declamar versículos...
Queria eu escrever artigos
ou apreender amigos
e queimar uns livros...
Tudo o que eu não sei me enche
de uma clara ignorância calma;
e para tudo o mais que eu não sei
eu bato palmas...
[Adhemar - São Paulo, 06/07/2014]
Someday I’ll Love Ocean Vuong / Um dia amarei Ocean Vuong [Ocean Vuong]
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*Beautiful photomechanical prints of Lotus Flowers (1887–1897) by Ogawa
Kazumasa.*
Ocean, não tenha medo.
O fim da estrada é tão distante
que ela já ...
2 comentários:
Às vezes sinto assim. Belos versos.
Aplausos e mais aplausos.
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