Vivo no banco da praça
Vendo coisas no sinal
Apenas a fome me abraça
Como formiga entre o povo
Choro minha solidão
Mato infinitos piolhos
As necessidades no chão
Como formiga entre o povo
Recolho migalhas das gentes
Assisto a pés apressados
Solto meus gritos dementes
Como formiga entre o povo
Tomo banhos de mentira
Converso com minha sombra
Durmo com minha ira
Com nada eu me comovo
Não vejo nada de novo
Sonho com pão e ovo
Como formiga entre o povo
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Inspirado no último verso de Razão, de Marília Abduani.
Inspirado no último verso de Razão, de Marília Abduani.
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Um comentário:
Adorei!
Bendita volta aos Duelos!
bjs,
Diza
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