Que faz do homem o que bem quer.
Se ele cede a um só lampejo
Mais que um escravo não é.
Quem dentre vós já escapou
Surrado pelas águas desse mar?
Da razão nada sobrou.
- Sob domínio do desejo, é certo naufragar.
Ainda que sereno ele se mostre,
Fatal que se apresente em profundeza
Irreconhecível, imenso, a própria morte,
Quando expressa a verdadeira natureza.
O homem só é senhor do seu destino
Naquilo que não concerne à paixão,
Pois nas garras dessa loba é um menino.
- Coração cravado sem perdão.
Tão humano é esse sentimento
Que cumpre a cada um se perguntar:
Elevar-se em espírito é despir-se do desejo?
Ou será amar e diluir-se nesse mar?
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Visitem Alba Vieira
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