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sábado, 15 de agosto de 2009

Uma Abordagem Acerca da Angústia Humana à Luz de Kierkegaard (Para a Menina Triste) - por Leandro M. de Oliveira

De maneira geral, pode se dizer que na vida há três caminhos ou sendas que o indivíduo acaba escolhendo de maneira mais ou menos espontânea, de acordo com predileções particulares de cada qual; dentro dessas há uma série de subdivisões que serão descobertas a partir do sujeito em si. As três grandes vertentes são: a Estética, a ética e a religiosa.
A primeira diz respeito ao homem comprometido com o prazer da vida, com o gozo de cada momento, é a caricatura tradicional do assim chamado irresponsável, do playboy; já a vida no sentido ético, vem nos falar do tradicional pai de família, de um ser humano maquinalmente comprometido com as suas “obrigações”, trabalho, crença na sociedade etc.; a última concepção de agir, a ação religiosa, vem inevitavelmente de encontro ao sentimento de impotência do homem ante a vastidão do mundo, o indivíduo religioso é alguém essencialmente desacreditado, ele busca uma realidade sobrenatural, tentando conceber a origem e o motivo das coisas.
A grande questão, entretanto, não é ter conhecimento dos comportamentos, mas sim ter ciência do ponto de partida para a ocorrência desses estereótipos. É necessário entender, a priori de qualquer reflexão, que o homem antes de ser envolvido em todo o arcabouço de valores sociais, tradicionais ou não, é ele um ser livre por excelência. E uma vez que se defronta com a realidade (artificial) do senso comum, ele (o homem) se sente acuado, nessa condição de pasmo com o próprio “eu”, se vê entregue. Ora pela falta de autocrença, ora pela crença exacerbada em verdades alheias o ser se coloca em uma subcondição de não governo e cria fugas diversas, pela projeção de uma imagem de potência (ideal estético), pela projeção de uma imagem de retidão (ideal ético) ou pela justificação de si numa sofismática transcendente (ideal religioso), mas por mais escravo que esteja, por mais esquecido de si, no coração do homem, no recanto mais sombrio, existe um vulcão latente (a essência de cada um) que se não se permitir caminho para a vazão de sua lava quando chega a erupção ela será apenas o seu próprio produtor.
Homem se vê posto na linha de tiro entre o ser e o dever, a razão e o desejo, o teatro e a vida... É mister lembrar que só se vive uma vez e a vida é curta demais! Vença-se a si mesmo e depois disso não haverá mais adversários. Um velho mestre disse uma vez: “O HOMEM É UM DEUS ENFAIXADO!” Retirem-se as Faixas e busque-se a verdade de cada um.



PS: Dedicado a você que me confiou os seus segredos...
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Soren Kierkegaard.

Um comentário:

Ana disse...

Leandro:
Por este e por outros textos eu sou sua fã de carteirinha e líder de torcida!
A propósito: e a segunda parte do seu post sobre a beleza? Quando virá?
Beijo.