Se hoje passeia meu olhar
Sem muito interesse pelo que vê,
É que agora busca mais…
Sem desejo, experimento o Ser.
E se algumas vezes eu duvido
E penso que deprimida estou,
Vem a alma paciente e me explica
O tanto ingênua que ainda sou.
Pois que viver alucinadamente,
Envolvendo-se em muitas opções,
Nada tem de muito equilibrado,
Serve apenas para criar tensões.
Chega um dia em que a maturidade vem
E de repente temos um clarão…
O que parecia nossa própria natureza
Era só uma completa ilusão.
Pois quando o olhar se volta para dentro
Só encontra calma e perfeição.
Não existe um mínimo desejo,
É puro êxtase: a real expansão.
Mas eu me encontro antes da chegada
E tantas vezes reluto em aceitar.
Eu me debato, entristeço, desanimo,
Penso que agora começo a definhar.
Nada disso: há que termos confiança
Que é nos momentos desta transição
Que precisamos contar com a criança
Que ainda mora no nosso coração.
Será ela que irá nos socorrer,
Deixar-nos soltos, leves, sem temer,
Enquanto aguarda, sorrindo,
Calma no seu canto
O despertar da alma plena,
O êxtase, o seu alvorecer.
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Definições
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Querido Brógui, Uma das Coroas de Cristo que ornam os pitocos da calçada
foi abduzida na calada da noite. Alienígenas? Eu quero acreditar. Mas não
acredito...
Um comentário:
Comentário por Ana — 2 fevereiro 2009 @ 10:19
MUITO LINDO!!!!
PARABÉNS!!!!
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