Não há promessas mais inúteis ou infundadas
que num único momento possam justificar
ações desatinadas de alma desorientada
que se voltem contra num repique
Não há promessa fácil descumprida
que solenemente se apresente
essencial, tal a própria vida
ainda que do nada
se invente
Não há promessa impaciente
que nos emocione ou atinja
improvisada num repente
ou que só a gente finja
Não há promessa crua
nem pouco pensada
mesmo estando nua
necessária e ousada
Não há promessa
ou cumprimento
que, com pressa
peça movimento
Não há nada
existência
resistente
ciência
ciente
Nunca
nada
não
fim
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