O tempo passou.
E, de repente, o tempo passou.
Passou como passa o tempo,
ocupado passatempo
do que passa passando,
matando, esgotando o tempo.
Aí, chamei uns amigos.
Gente boa, atilada.
- Vamos estancar essa coisa,
essa máquina de fazer doidos,
trem expresso em ferrovia circular.
Ombro a ombro, demos os braços.
Rapaziada forte, aguerrida.
Subimos nos trilhos,
num ponto distante.
E ouvimos o barulho do tempo,
"passando".
Se aproximava rapidamente
mas, curiosamente, passou voando!
Decepcionados, nos entreolhamos.
Olhávamos para cima, que coisa!
Outra armadilha do tempo
contra quem tenta pará-lo.
E distraídos ficamos.
Mas o tempo não pára mesmo!
Voou, pousou e, passando,
acabou nos atropelando...
[Adhemar - São Paulo, 18/01/2000]
Someday I’ll Love Ocean Vuong / Um dia amarei Ocean Vuong [Ocean Vuong]
-
*Beautiful photomechanical prints of Lotus Flowers (1887–1897) by Ogawa
Kazumasa.*
Ocean, não tenha medo.
O fim da estrada é tão distante
que ela já ...
4 comentários:
Amigo poeta,
o tempo é nosso inimigo,
pois acaba com emoções,
mas nos deixa lembranças!
É meio inimigo e amigo!!!!!
hahahahahaha
Não há como evitar o passar do tempo em nossas vidas!
Bjos
http://www.elianedelacerda.com
Muito lírico e sincero.
O tempo não nos poupa tempo. Gostei.
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