“O sonho” de Emile Zola é o típico “romance de senhoras”,
jargão utilizado no meio tipográfico da década de quarenta.
Mil novecentos e quarenta é o ano da edição do referido
livro, editora brasileira, série coleção das senhorinhas.
Em uma edição que tem seu preço de capa o valor de dois mil
réis, que mostra sua temporalidade, também é possível perceber as mudanças
nítidas na ortografia brasileira até o acordo ortográfico de 2011.
O romance apresenta uma menina de rua, muito comum em 1860,
desmaiando na porta de um casal de bordadores estéreis.
Na idade entre quinze e dezesseis anos, no limite da idade
casadoira, ela desejava um homem rico e bonito. Apenas isso.
A mãe da menina, mulher bem conservada, até mesmo confundida
como irmã mais velha da filha adotiva, sabia da impossibilidade da realização
do sonho da menina. Naquela época os pais da noiva deveriam ter um dote para
poder casar suas filhas com alguém de posses. Não era o caso de Angélica. Esse
é o seu nome.
Momentos de sofrimentos, desmaios e fraquezas inexplicáveis,
sonhos quase realizados e muita emoção açucarada compõem o livro de Zola. Obra
que não terei saudade.
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