e o jardineiro rega, em paciente espera;
até que vibre a corda do amor,
acordando a esperança que dormiu,
ao ecoar o som, da harpa da primavera…
Falta uma seta, Cupido guardou,
e Vênus distraída, nem notou a concorrência;
senão, já teria advertido,
e seu filho arqueiro a teria ferido,
pra mim e a deusa, a sobrevivência.
Sobra um cálice amargo, não bebo,
pois o teor não apraz minha sede;
um vagar por vagar, ir ao léu,
correr para o mar anelando o céu,
sob o peso das asas, e a restrição da rede.
Falta coragem pra dizer o que gritei,
quando o eco devolvia sem uso, minha voz;
é que agora ouviria alguém,
que por certo, falaria também,
ah, essa insegurança atroz…!
A canção do amor, planta mal regada,
Sina de um Midas, em fértil solo:
Primeiro,ouro, tocando em tudo,
e por fim – pobre louco! – orelhudo,
por ter questionado a vitória de Apolo…
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Visitem Leo Santos
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Um comentário:
necessario verificar:)
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