Uma rosa amarela
Que vivia num pequeno jardim
E por ter a cor diferente
As outras diziam assim:
“Rosa amarela não existe
Rosa, pra ser perfeita
Tem que ser carmim
Se tiver outra cor me perdoe
Mas é por que é muito chinfrim!”
A rosa amarela sabia
Que ela era rosa com certeza
E não tinha nada de inferior
Se algo a fazia diferente
Era somente a cor.
Todas da mesma espécie
Todas, somente flor.
Certo dia veio a prova
De que todas eram iguais
Pensar daquele jeito ruim
Não iriam nunca mais...
O dono daquela casa
Onde estava instalado o jardim
Chamou o jardineiro e disse:
“Pode todas as rosas
A estação já está no fim”.
O Jardineiro obedeceu
E com sua tesoura da justiça
A verdade revelou...
Todas foram ao chão
Nenhuma rosa sobrou.
A amarela foi a primeira
Bem aos olhos da vermelha
Entre flores e folhagens
Foi pra um vaso sobre a mesa
Harmonia de cores e perfumes
Era mesmo uma beleza.
Tranquila e justiçada
A rosa amarela aguardava
Que a vermelha chegasse.
Quando enfim ela chegou
Não disse uma só palavra
Olhou a sua volta
E simplesmente chorou.
Ela finalmente entendeu
A beleza das diferenças
Vendo o colorido alegre
Daquele vaso sobre a mesa.
A rosa amarela
Com carinho
E num gesto de amor
Sorriu e disse:
“Bem-vinda
à mesa de nosso Senhor”.
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