Reza a lenda que assedia
Um Maníaco, no mictório,
A quem só satisfaria
Um Estudante, que viria
Se aliviar, do refeitório.
Este tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, desavisado,
Cedesse ao assédio do tarado
Que não alivia ninguém.
O Maníaco, decidido,
Espera, insiste e espera,
Conta com a sorte sua libido,
E orna-lhe o crânio dolorido,
Roxo, um hematoma da galera.
E o Estudante, coitado,
Sem saber que a surpresa vem,
Vai pro banheiro apressado,
Ele está tri apertado:
Da sua bexiga é refém.
Mas desconhece o Destino:
Ele, desesperado
(“Ai, eu quase me urino!”);
O Maníaco, ladino,
Olhando, extasiado.
E, se bem que seja obscuro
O motivo do Maníaco, naquela hora,
O Estudante fica inseguro,
E temendo pelo futuro,
Recolhe, não deixa de fora.
E, inda tonto do que houvera,
No espelho, em agonia,
Olha os óculos e a careca,
E vê que ele mesmo era
O Maníaco que assedia.
Inspirado em O Maníaco do Mictório, de Gio.
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6 comentários:
Muito bom Ana!
Tudo haver com o texto do Gio.
Fui ler só agora...
MUITO BOM! huahuahuahuahuahuahuauhahu
Assassinato
Estava a vazar
Veio o incauto inseto
e lá me pica
que vermelha fica
Num gesto preciso
meu jato acerta
o infeliz mosquito
Assim assassinado
para a descarga vai
o pobre coitado
Cometido foi
o crime perfeito
Apesar da prova que fica
a escondida picada
e taboa molhada.
Poeta:
Muito obrigada por seu elogio!
Um abraço.
Gostou, Gio?
Gostei também...
rsrsrs
:)
Obrigada pelo elô, Gio!
:D
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