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Ai! Sujou...
Pobre e mal vestido, maltrapilho sei que sou,
Sigo perdido no mundo, sem afeto, sem família,
Sem terra e sem teto, à procura de guarida...
No mundo sou andarilho suplício sou pro doutor...
Que me olha em desconfiança põe logo a mão no bolso
Temendo ser assaltado, pois, tem algo de valor...
Ai! Sujou...
Vejam só como é que é: quero trabalho não encontro
Pra comer coloco um banco na feira pra negociar...
Porém, no meio dia, grande é a agonia, fiscal pra lá e cá...
Minha renda vai inteira pro bolso dos tais malandros
na cintura um três oitão... cheio de pose coisa e tá
Trabalho noite e dia pros animais alimentar...
Não tenho nenhuma instrução, não recebi educação,
não leio e nem escrevo, porém, burro eu não sou!...
Para que eu ser doutor? Medito e logo eu vejo...
Fiscais como não há iguais, fareja osso em meu bolso
... Sei que educação é de berço, está no rico e no pobre,
está na plebe e no nobre... Da missa só conto um terço,
De berro na mão, não escapa nem meu cão, da turma do baculejo
Visitem Esther Rogessi
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Um comentário:
Esther:
Adorei! Muito bom seu cordel! E a foto também!
Beijo.
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