da sala até a cozinha;
na cozinha volteavam,
formando estranhos desenhos
de estrelas e sóis distantes;
depois, à sala voltavam,
iam, vinham, sem cessar
para o seu baile dançar
e decorar de mansinho
os passos desse caminho
que andavam sem tontear;
os chinelinhos travessos
quase viravam no avesso,
marcando os passos do mundo
imenso e tão limitado...
os chinelinhos à esquerda,
à direita os chinelinhos,
bem firmes, depois, no centro,
a esperar e a buscar;
os chinelinhos dançavam,
deslizavam, escorregavam,
os chinelinhos viviam,
os chinelinhos cansavam,
os chinelinhos gastavam,
e nas idas e nas vindas
de sua andança no chão,
os chinelinhos morreram
e, sem querer, imprimiram
na última volta que deram,
a marca de um coração...
.
5 comentários:
Comentário por Ana — 26 dezembro 2008 @ 8:04 |Editar
Extremamente singelo! Lindo!
Comentário por Raquel — 27 dezembro 2008 @ 20:06 |Editar
…dois chinelinhos
são hoje
um coração
na eternidade
de um amor-paixão…
Raquel Aiuendi - para vcs dois que sempre serão um grande amor tbm para nós.
Comentário por Casé Uchôa — 17 janeiro 2009 @ 20:13 |Editar
Muito Bonitinho!
(O diminutivo é carinhoso e não de desdém, ok?)
Parabéns!
Comentário por Raquel — 17 janeiro 2009 @ 22:57 |Editar
HAIKAI – Por: Raquel Aiuendi
…dois chinelinhos
são hoje, um coração
eternamente…
Comentário por Raquel — 17 janeiro 2009 @ 22:59 |Editar
ou fica melhor assim?
HAIKAI – Por: Raquel Aiuendi
…dois chinelinhos,
hoje um só coração
eternamente…
Postar um comentário