Já não
se faz “mais” como antigamente.
Amor
com amor se agride.
Depois
do tropeço, bala pra frente??
Pra
trás é que se progride.
Sacuda
a poeira, de tempos em tempo.
Quem
sai na chuva não se resfria.
Devagar
se vai muito lento.
Quem
tem boca, assobia...
Quem
canta aos ouvidos espanca.
O
mundo é dos vaidosos.
O
trabalho enobrece a conta;
pobres,
honestos e corajosos.
Ontem
vai ser outro dia,
pra
lembrar ou esquecer.
Comer,
na marmita fria,
mais
um dia que vai nascer.
Vingança
é um prato que se evita.
A
noite, então, já cresceu.
O
mundo dá volta bonita.
Quem
mais se lembra, esqueceu.
Quem
corre sempre se cansa,
com
fome, suor, honradez.
Quem
confia sempre se espanta;
nunca
chega a sua vez.
O céu
será sempre da nuvem
que
aparece só quando quer.
O que
vai na cabeça de homem
é
carro, futebol e mulher.
A vida
é mesmo divino dom,
organizada
ou ao léu.
Ela é
pernas, charme e batom;
e a
gente tira o chapéu...
[Adhemar
- São Paulo, 16/06/2014]