A vida nem sempre é simples, a vida nem sempre é
branda... Vamos seguindo os dias muitas
vezes em turbilhão, numa torrente de acontecimentos que nos engolfam e não
permitem reflexão a respeito das coisas importantes (ou não) que nos
cercam. Se conseguimos pensar nelas,
aprisionados à rapidez exigida pelos ponteiros repletos de obrigações, não
vamos além de uma certa superfície muitas vezes comum a todos: “as pessoas são
assim mesmo...”, “é a vida...”, “as coisas são como são”, “não adianta pensar
nisso”, “um dia tudo passa” e coisas do gênero.
Então, repentinamente, chega às suas mãos “O
Profeta”. Você começa a lê-lo em meio ao
furacão que é sua vida. E ocorre algo
mais que improvável: tudo à sua volta vai sumindo, à medida que você caminha
pelas letras de Gibran; e você vai se acalmando, assumindo uma paz naturalmente
reflexiva que não se coaduna com a agitação à sua volta. Você mantém suas atividades, mas num
desdobramento que beira o êxtase. Porque
você viu verdades, leu ideias que mudaram toda sua forma de lidar com o mundo e
estar nele, para sempre. Cada mensagem
foi um convite ao início de um aprendizado e aprofundamento em questões
fundamentais para os seres humanos. E
você não consegue calar aquelas revelações, divulga-as ao máximo, pois a
Humanidade precisa delas. Pode até fazer
como eu, que além de passar a dar o livro de presente às pessoas, comprei um
quadro e coloquei na sala de minha casa com uma das mensagens do livro:
Vossos
filhos não são vossos filhos.
São
os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm
através de vós, mas não de vós.
E
embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis
outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,
Porque
eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis
abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois
suas almas moram na mansão do amanhã,
Que
vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis
esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,
Porque
a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós
sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O
arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força
Para
que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.
Que
vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria:
Pois
assim como ele ama a flecha que voa,
Ama
também o arco que permanece estável.
.
.