Já tinha lido "O Velho e o Mar", de Hemingway, que recebeu o Nobel. Gostei do livro. Então resolvi ler "Por Quem os Sinos Dobram", esperando que fosse, pelo menos, bom. Mas não foi o que ocorreu, infelizmente.
Minha impressão foi tão ruim que li todas as resenhas do Skoob e todos os comentários e sinopses que encontrei na internet, antes de escrever a minha, a fim de verificar se eu estava sendo exigente demais ou havia perdido algum sentido infinitamente profundo e oculto na obra... Vi que não, e mais: outros tiveram a mesma impressão que eu. Então... o que achei?
Concordo com guibre quando diz, em sua resenha no Skoob, que os diálogos do romance (a la Sabrina) tornam o livro extremamente enfadonho e de baixa qualidade. Se a intenção foi apontar a contradição entre a imaturidade emocional do protagonista e sua capacidade profissional, bastava uma página (ou meia) de conversação amorosa.
Concordo com Ricardo, também do Skoob, quando diz que a narrativa ganhou ritmo após o início das descrições das ações. Mas logo desacelerou, pois continuou mesclada com diálogos amorosos.
Foram mais de 300 páginas cansativas, para se chegar a um final que trouxe vestígios do autor de "O Velho e o Mar", num texto que se pode chamar, em alguns pontos, de literatura, realmente. A ideia que ficou foi a de que as últimas páginas foram o ponto de partida para o recheio, e que o autor não soube construir um bom livro na ordem inversa.
Algo me chamou muito a atenção: quase todo o tempo, tive a noção exata de que estava lendo sobre espanhóis através da visão de um norte-americano. Eles eram híbridos (retratados americanizadamente), simulacros, aguados, superficiais, com raros trechos que fugiram a esta regra. Em poucos momentos senti a força da fala e da forma espanhola de ser.
Em suma, o melhor do livro é o título.
E não é à-toa que em quase todos os comentários a respeito da obra o que mais se lê é a citação de John Donne (aquele que escreveu o poema que foi usado por Caetano Veloso na música "Elegia"). É o que possui, efetivamente, maior valor literário.
Mas descobri, ao final da leitura, que a questão não é por QUEM os sinos dobram, mas pelo QUE: o próprio livro.
Minha impressão foi tão ruim que li todas as resenhas do Skoob e todos os comentários e sinopses que encontrei na internet, antes de escrever a minha, a fim de verificar se eu estava sendo exigente demais ou havia perdido algum sentido infinitamente profundo e oculto na obra... Vi que não, e mais: outros tiveram a mesma impressão que eu. Então... o que achei?
Concordo com guibre quando diz, em sua resenha no Skoob, que os diálogos do romance (a la Sabrina) tornam o livro extremamente enfadonho e de baixa qualidade. Se a intenção foi apontar a contradição entre a imaturidade emocional do protagonista e sua capacidade profissional, bastava uma página (ou meia) de conversação amorosa.
Concordo com Ricardo, também do Skoob, quando diz que a narrativa ganhou ritmo após o início das descrições das ações. Mas logo desacelerou, pois continuou mesclada com diálogos amorosos.
Foram mais de 300 páginas cansativas, para se chegar a um final que trouxe vestígios do autor de "O Velho e o Mar", num texto que se pode chamar, em alguns pontos, de literatura, realmente. A ideia que ficou foi a de que as últimas páginas foram o ponto de partida para o recheio, e que o autor não soube construir um bom livro na ordem inversa.
Algo me chamou muito a atenção: quase todo o tempo, tive a noção exata de que estava lendo sobre espanhóis através da visão de um norte-americano. Eles eram híbridos (retratados americanizadamente), simulacros, aguados, superficiais, com raros trechos que fugiram a esta regra. Em poucos momentos senti a força da fala e da forma espanhola de ser.
Em suma, o melhor do livro é o título.
E não é à-toa que em quase todos os comentários a respeito da obra o que mais se lê é a citação de John Donne (aquele que escreveu o poema que foi usado por Caetano Veloso na música "Elegia"). É o que possui, efetivamente, maior valor literário.
Mas descobri, ao final da leitura, que a questão não é por QUEM os sinos dobram, mas pelo QUE: o próprio livro.
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